Intenso ( Segundo livro da trilogia descobrindo o prazer)

Capítulo 2

 — Vocês vão casar! É claro que você precisa dormir no apartamento dela bem mais vezes do que você dorme no seu próprio apartamento.

Benjamin tagarelava enquanto dirigia, ele havia passado a noite em meu apartamento com a desculpa que brigou com o namorado e precisava se entupir de twizzlers e brigadeiro de panela. Eu havia chegado de Londres a dois dias, e desde então minha companhia tinha sido ele, e conversamos sobre seu relacionamento e sobre o meu.

Embora eu soubesse que estávamos prestes a nos casar, eu ainda não estava acostumada a levar uma vida de casada. Queria aproveitar minha privacidade ao máximo, e então estipulei dias para dormir em sua casa. Ela odiou a ideia, seu senso de autoridade a fez ficar furiosa. Porém, ela precisava entender que agora não havia mais contratos, e eu não precisava a ser tão obediente como eu era antes, haviam limites e eu precisava estipular os meus.

— Anabelle, você quer mesmo casar com ela? — Perguntou ele enquanto parávamos no sinal

— Mas é claro. Quero mais do que qualquer coisa.

Soltei um suspiro guardado.

— Então você precisa se acostumar a levar uma vida de casada, meu bem.

Soltei um suspiro novamente e dessa mais pesado.

— Obrigada pela carona— disse dando um beijo no rosto ossudo de Benjamin.

— Ei— Ben pegou em minha mão e me fitou com seus brilhosos olhos azuis — não faça nada forçada, tudo bem? Eu sei o quanto você ama a Natalie e o quanto ela ama você. Mas você precisa saber se é realmente isso que deseja

— Obrigada. — Respondi mais aliviada.

Eu gostava de conversar com Benjamin, de me abrir com ele. Por que eu sei que ele falaria o que eu não queria ouvir, mas era o que eu precisava ouvir.

Eu tinha fotos marcada na NH as 09:00 horas e como ainda faltavam meia hora, resolvi passar na sala de Natalie para dar bom dia. Avistei sua secretaria concentrada no computador, e informei minha chegada, seu sorriso foi largo acompanhado com um "Bom dia". Adentrei na ampla sala com enormes janelas transparentes, onde a luz do dia era quase essencial para iluminar aquele ambiente. Comtemplei Natalie em sua mesa concentrada no computador, os cabelos negros presos em um rabo de cavalo bagunçado, o velho e vibrante batom vermelho em sua boca fazia-me lembrar o quanto eu sentia necessidade de beija-la a cada segundo.

— Vejo que o trabalho está árduo — comentei caminhando em passos finos até sua mesa.

— Não mais do que foi conquistar você.

Seus olhos encontraram os meus quase em uma conexão inexistente, seu corpo alongado agora encontrava-se de pé, a minha frente, com seu terninho feminino exaltando uma leve abertura em seu colo, suas mãos firmes passavam em volta de minha cintura colando o meu corpo ao seu. E um beijo leve e carinhoso foi depositado em meus lábios.

— Eu estou tão atolada de trabalho hoje que não sei se vou ter como almoçar com você.

Seus braços me soltaram calmamente, e meu corpo se entristeceu ao vê-la se distanciar de mim.

— Eu também tenho fotos daqui a alguns minutos. Não podemos nem almoçar juntas?

— Eu até gostaria. Mas vou precisar almoçar com uma investidora que ofereceu uma ótima parceria

Arfei.

— Tudo bem, vejo você mais tarde então?

— Então, Ana... eu preciso falar algo a você sobre...