Meu Futuro está em Marte

Capítulo 26- Ameaças e surpresas.

~Benjamin.

- Como vamos fazer isso? Precisamos das roupas com equipamentos e conseguir sair daqui sem sermos pegos, pois duvido que vão autorizar.

- As roupas já estão aqui - Fala Jessy jogando uma mala que mesmo grande, parece pequena demais para quatro roupas espaciais. Quando abro vejo os mesmos uniformes que usamos no primeiro teste na base 69 a um mês atrás - Achei que seria mais fácil para se mexer e para passar um pouco mais discretos.

- Apertada do jeito que é, acho que vai ser tudo menos discreta - Inclui Christian e depois recebe um tapa na cabeça de Jessy - Ai! Sua maluca!

- Como conseguiram isso? - Pergunto surpreso.

- Consegui com uma amiga - Responde David vermelho. Christian e Jessy soltam uma risadinha - A cientista Yasmin deu para mim antes de entrarmos na nave, disse que poderia ser necessário.

- Yasmin em? - Não aguento e começo a rir quando o vejo ficar sem graça. Pego o uniforme na mão mais uma vez e vejo nele algo diferente da ultima vez que o vesti - Isso são encaches para os capacetes? Dês de quando esses uniformes têm isso?

- Dês de quando eu instalei neles -  Responde Christian - Ou achou que eu ia ficar chupando o dedo enquanto Annabeth estava lá fora? - Eu sorrio e finalmente o medo que eu sentia, começava a se transformar em esperança.

- Ok, agora a parte mais complicada: sair daqui. Acredito que as portas estejam trancadas com senhas, não?

- Isso é comigo - Olho para Jessy surpreso e vejo seu irmão dando um tapinha de leve em suas costas - Eu hackeei o sistema da base e tive acesso ao painel responsável por abrir a porta de saída.

- Uau, pelo jeito eu fui o único inútil por aqui - Rio e guardo a mala com os uniformes embaixo da minha cama e retiro de lá outra mochila - Bem, talvez não tão inútil - Abro e jogo o que tem dentro na cama de Christian.

- São armas? Onde você conseguiu? - Perguntam.

- Dei meu jeito - Do de ombros achando que só aquela explicação seria o suficiente, então vi três pessoas me encarando com os braços cruzados - Está bem! Eu vigiei os seguranças ontem à noite depois do horário de dormir, vi que todos iam para uma sala em comum, observei, esperei e quando tive a oportunidade, entrei lá dentro e encontrei essas belezinhas aqui.

- Você é louco.

- Falou à menina que hackeou o sistema da NASA - Ela me fuzilou com o olhar - Bom, então está combinado, nos encontramos na frente da porta daqui três horas - Eles assentiram e começaram a sair da cabine - Ei! Mais uma coisa... Obrigada, de verdade.

- Que isso, somos uma família não é? - Diz Christian com um sorriso no rosto e eu concordo também sorrindo - Vai rolar outro abraço em grupo?

- Não - Respondo e com isso Christian levanta as mãos e eles saem da cabine rindo. Algo em mim dizia que não seria nada fácil a partir de agora, acho que era a razão e o senso que apareciam de vez em quando para me confirmarem o quanto sou muito louco... Ou muito burro.

****

Chegou a hora. Me viro para meus colegas e vejo que também estão acordados e prontos. Nós já estávamos com nossos uniformes e com peças de roupa por cima, para não ficar tão desconfortável a situação. Vesti uma calça de malha e a jaqueta preta de couro do meu pai que eu tinha trazido junto comigo. Era sempre ele que escrevia as historias, agora eu o levaria para viver uma comigo. Com um aceno de cabeça nós três saímos em total silêncio da cabine. Eu levava a mochila com as armas em minhas costas e David levava outra com suprimentos importantes como: Comida, primeiros socorros e meu computador.