Meu Futuro está em Marte

Capítulo 14 - Realeza.

 ~ Benjamin

– CONSEGUI! EU DECIFREI A MENSAGEM! – Annabeth estava parada na porta de entrada com as mãos nos joelhos recuperando o fôlego. Aquele aviso deveria ter trazido alegria para o meu coração, mas a única coisa que senti foi medo... Medo do meu futuro que não tinha sido traçado por mim.

– Você tem certeza disso menina? Como conseguiu tão rápido? – Perguntou o Sr. Robson que tinha vindo visitar a base 69 aquela tarde. Todos pareciam agitados e ansiosos, alguns olhos brilhavam de esperança e fé por boas noticias. Annabeth o fuzilou com o olhar, odiava quando alguém duvidava dela.

– Posso falar? Ou tem mais alguma duvida da minha capacidade? – O diretor ficou calado e desviou o olhar com uma cara rabugenta – Pois bem, obrigada – Ela respirou fundo e recitou as seguintes palavras:

"Liberte-me princesa de olhos brilhantes ou sua raça sofrerá as consequências"

Enquanto recitava as palavras, a voz que saia de sua boca não era a dela e sim uma voz mais poderosa. Seus olhos brilhavam, literalmente, e sua expressão estava ameaçadora e triste ao mesmo tempo, como se por um momento não fosse a Annabeth que tivesse ali. Quando parou de falar, parecia ter despertado de um transe, consegui segura-la antes que caísse no chão.

– O que... O que aconteceu? – Perguntou segurando meus braços e depois se levantando e massageando a cabeça com as mãos – Porque estão me olhando assim?

– Querida... – Sebastian ia se aproximar de Annabeth quando foi interrompido.

– Seguranças, levem a daqui e a prendam na sala de observação – O que? Prender Annabeth? Isso só poderia ser brincadeira. Ela me olhava confusa. Dois seguranças que também pareciam contrariados com a ideia, começaram a se aproximar e eu me levanto entrando entre eles e Annabeth.

– Pois, vão ter que me levar também – Falo encarando não eles, mas o Sr. Robson.

– E eu também – Jessy parava ao meu lado, com as mãos em punho. Sua voz parecia tremula, era possível ver que também estava assustada com a situação, mas não deixaria à amiga. Logo depois David também estava ao seu lado, não tinha dito nada, mas sua cara expressava que estava junto nessa.

– É... – Christian olhava para Annabeth e depois para a gente, parecia confuso e assustado – Vão... Vão ter que passar por mim também – Ele se juntou a nós, e nos quatro fizemos uma barreira na frente de Annabeth, enquanto fuzilávamos com o olhar qualquer um que a tentasse levar para qualquer lugar que seja.

Annabeth não parecia nada bem, ela estava ajoelhada no chão com as mãos na cabeça e gemendo de dor.

– Pois bem... Que assim seja – Respondeu o Sr. Robson – Seguranças, é uma ordem, vão!

– PAREM AI AGORA MESMO – Todos se viraram em direção ao grito, que por surpresa tinha vindo de Sebastian – Eu ainda sou o diretor dessa base! E vocês ainda trabalham para mim e eu não ordenei nada – Diretor Filipe que não tinha aberto a boca ainda, olhou pasmo para Sebastian, que não se importou e continuou – Onde já se viu? Vocês vão prendê-la por quê? Ela foi à única que fez alguma coisa, decifrou a mensagem que ninguém da sua grandiosa equipe conseguiu– Ele deu uma pausa e respirou fundo – E ela ainda é um ser humano...

– Isso, eu acredito que você não pode afirmar. Você também viu o que todos aqui viram, entendo a sua preocupação como padrinho da garota, mas tem que saber separar vida pessoal do trabalho e me prometeu isso quando pediu para que a garota participasse da missão – Robson deu um sinal para que os seguranças se afastassem– Mas por agora vou dar um voto de confiança, afinal ela nos revelou a mensagem e nos mostrou que a solução está mais perto do que imaginávamos.