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                                           S/n:

— É nova aqui não é? — perguntou Ayla enquanto andávamos.

— Sim. Fui praticamente obrigada a estar aqui. — respondi.

— Era a princesa do vilarejo né?

— Como sabe?

— As notícias voam.

— Legal. — falei e parei de forçar estar bem.

— Não fique chateada, Rei Edmundo parece rude, mas é uma pessoa boa.

— Pessoas boas não fazem o que ele está fazendo comigo.

— Está dando uma vida ótima a você, não deveria reclamar.

— Se já tivesse sido princesa saberia que tudo isso é uma barbaridade.

— Bom, realmente não posso julgar. — disse ela e paramos de frente à uma porta. — Chegamos, bata na porta antes de entrar. Eu preciso ir, até mais querida.

— Tchau. — falei e assim que Ayla saiu, bati na porta.

— Pode entrar. — respondeu Edmundo.

— Licença. — falei e entrei. — Mandou que me chamassem, já estou aqui.

— Sente-se aqui, quero conversar com você. Não gosto de ter servos que eu não conheça bem.

— Você não precisa saber nada sobre mim.

— Preciso e vou. Pessoa que mais ama?

— Minha mãe, a que você matou.

— O que faz em horas livres?

— Toco harpa e escrevo músicas.

— Ouro, prata ou bronze? 

— Ouro.

— Gosta de flores?

— Isso é desnecessário.

— Responda.

— Gosto.

— Qual tipo?

— Qualquer uma, são todas bonitas.

— Cor preferida?

— Rosa e azul. Dourado também me agrada.

— Pessoa que mais odeia.

— Você.

Edmundo riu e balançou a cabeça negativamente.

— Animal que mais gosta.

— Leão.

— Se pudesse pedir uma coisa, o que seria?

— Minha família reunida de novo.

— Tem namorado?

— Por que quer saber?

— Isso significa um não. Chega de te interrogar, já consegui o que eu queria. Agora, pegue aquelas uvas para mim.

Respirei fundo para conter meu ódio e peguei as uvas.

— Não quer que eu dê na sua boca né? — perguntei e dei a bandeja para ele.

— Não quero me aproveitar da sua nobreza. Aqueles que vieram com você são seus irmãos não é? Quantos anos eles tem? — perguntou Edmundo e colocou uma uva na boca.

— Antes de continuar, você tem algum problema de memória? Ou não deixamos claro que somos irmãos?

— Entendo que não esteja gostando de estar aqui, mas pode pelo menos fingir?

— Não sou atriz para fingir e esconder sentimentos.

— Tudo bem, mas ainda não me respondeu.

— Brayden tem 24 e Louis tem 18.

— E a outra menina?

— Quatorze.

— E por último você, quantos anos tem?

— Dezesseis.

— Só isso? Esperava um pouco mais.

— E você é um idoso não é?

— Sou mais velho que você.

— Não acha que vou perguntar sua idade né?

— Pelo o que eu pouco conheço de você, sei que não.

— Que bom que sabe.

— Mas, para a informação da senhorita, tenho dezoito.

— Pensei que tivesse menos. Digamos que aparente ter quinze. Se me permite, você é bem baixinho. — falei e soltei uma risada.

— Olha aqui senhorita, chegar aqui no meu quarto e me dar patadas, ser rude, me odiar, me xingar, me insultar e destratar o seu rei é uma grande falta de educação, mas ainda tolero. Mas você dizer que eu sou baixinho é o suficiente para eu colocar qualquer um no calabouço.

— Vá em frente, reizinho.

— Mas eu não vou fazer isso com você, é bonita demais para viver rodeada de ratos.

— Irônico né? Todos desse palácio parecem ratos. Incluindo você.

— Realmente é muito irônico. — disse Edmundo enquanto sorria. — Se quiser ir descansar um pouco pode ir. Mas quero que amanhã esteja aqui antes do sol nascer.

— Acha que tenho um relógio na cabeça para despertar antes do sol nascer?

— Terá que se esforçar para acordar. Não gosto de atrasos senhorita.

— Irá aprender com o verbo "esperar". Não é porque carrega uma coroa na cabeça que todos irão fazer o que você quiser.

— Irônico né? Quando era princesa todos faziam o que você queria.

— Não sou como os outros. Agora, se me dá licença, eu preciso ir cuidar da família que me restou após o seu massacre.

— Pode ir. Mas recomendo que não trate Pedro assim, ele pode não ser tão tolerante como estou sendo com você.

— Meu problema é com você Edmundo, deixe seus irmãos fora disso.

Fui andando até a porta e saí daquele quarto.

Andei pelos corredores e encontrei o nosso quarto.

— Posso entrar? Sou eu, a gata borralheira. — falei atrás da porta.

— Não deveria se condenar assim irmãzinha, entra logo. — disse Brayden.

Abri a porta e vi todos com baús nas suas camas.

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Esse povo tá muito serelepe, bem doidinhos 🤪
Enemies to lovers me dá +300 anos de vida

Não se esqueçam da estrelinha

Plágio é crime

𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒Where stories live. Discover now