𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒

••12••

S/n:

Quando saí do castelo, vi que a rua estava um tumulto. Provavelmente por conta da chegada da corte de Anvar ou talvez ela sempre foi agitada.

Vi Molly conversando com um bando de pré adolescentes. É incrível como ela já se enturmou aqui.

Fui andando mais e acabei esbarrando em um vendedor de jóias, que derrubou várias no chão.

— Me desculpe, hoje o dia está uma correria. — disse ele.

Era um rapaz jovem, não deve ser muito mais velho que eu. Tem olhos azuis e seu cabelo é castanho claro.

— Tô vendo. É por causa da chegada do rei Luna? — perguntei.

— Exatamente. Eu nunca te vi aqui antes, é nova? — perguntou enquanto recolhia tudo.

— Ah sim. Eu sou uma das princesas que foram trazidas pra cá depois do ataque dos reis contra o pequeno vilarejo. — respondi e me senti culpada por estar viva e livre.

— Eu lamento pelo que aconteceu. Deve ser a mais velha, S/n, certo? — perguntou e se levantou com as mercadorias na mão.

— Sim. E você? Como se chama? — perguntei.

— Edward. — ele disse e olhou por cima dos meus ombros. — Bom, eu preciso ir, espero vê-la mais vezes por aqui.

— Igualmente, até mais Edward. — falei e sorri.

Ele sorriu de volta e saiu. Também continuei meu caminho pela cidade.

Edward era bonito, mas é uma das regras que eu criei de não me apaixonar por meros camponeses. Ou talvez meus pais que exigiam isso.

Fui até o portão da cidade e vi os reis na entrada. Não pude me aproximar, já que o lugar estava rodeado de guardas.

Fui empurrada por uma pirralha e percebi que era Molly.

— Molly! — reclamei e dei batidinhas não minha roupa, como se ela estivesse sujado.

— Você está aqui? Não deveria estar lá servindo Edmundo? — perguntou ela e fez algum sinal com a mão, provavelmente para aqueles amiguinhos dela.

— Deveria, se ele não fosse tão abusado. — falei e olhei para trás, onde tinham vários pirralhos da idade dela.

— Brigou com o rei? — perguntou e voltei a olhar para ela.

— Algum problema? — perguntei.

— Todos né. — ela disse e fez uma cara de espanto.

— Tchau Molly, cuidado para não se perder nessa multidão e nem se machucar. — falei e cruzei os braços.

— Eu sei. Não cite a Magia Profunda para mim Feiticeira, eu estava lá quando foi escrita. — ela disse e não entendi muito bem o que significava.

— Aonde que eu sou feiticeira? — perguntei.

— É só uma gíria, não precisa ficar ofendida. — ela disse e saiu correndo.

Descruzei os braços e saí dali com dificuldade. Me afastei um pouco daquele povo maluco, incluindo minha irmã.

Saí de perto do povoado e fui parar perto de um riacho, no meio do mato.

Me sentei em uma das pedras e fiquei molhando meus pés na água.

Estava tudo bem até alguém encostar em mim e eu dar um gritinho. Na hora puxei minha adaga, mas era Edward.

— Assustei você? — ele perguntou enquanto segurava um cesto.

— O que acha? — falei e guardei a minha pequena.

— Desculpe. O que está fazendo aqui sozinha? — ele perguntou e colocou a cesta ao meu lado.

— Nada e você? — perguntei.

— Venho aqui para lavar os cristais que encontro por aqui. Olhe o tanto. — disse e me mostrou uma cesta cheia de pedras, ou como ele diz, cristais.

— São muitos mesmo, mas para mim são pedras normais.

— São até serem lavados e refinados. Tá vendo esse aqui?

Assenti e fiquei observando.

— Espera só um minuto. — ele disse e lavou a pedra que estava segurando.  — Já não é uma pedra suja, agora brilha com os raios de sol. — disse e me deu a pedrinha.

Levantei o "cristal" e realmente vi aquilo brilhar com a luz solar.

— Agora sim isso se parece com um cristal. — falei e estendi a mão para ele pegar a pedra.

— É um presente, fique com ele. Tenho muitos aqui.

— Tudo bem, obrigada.

— Bom, eu estou aqui todos os dias de manhã e no final da tarde. No resto do dia estou trabalhando. Agora eu preciso ir, tenho algumas mercadorias para entregar hoje. Até.

— Até.

E enfim fiquei sozinha de novo com um cristal na mão.

Fiquei mais um tempo ali e voltei para o castelo.

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não sei pq criei o Edward.