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                                          S/n:

Depois que Edmundo saiu do banheiro, vi que ficava bem bonito com o cabelo meio molhado.

— Vem. — disse ele.

Saímos do quarto e fomos para a sala real.

— Mas que droga! — disse Pedro para um dos mensageiros.

— O que aconteceu? — perguntou Lúcia chegando com Susana.

— É Pedro, o que houve? — perguntou Edmundo.

— Os gigantes do norte declararam guerra contra Nárnia novamente. — disse Pedro.

— Pensei que tinham feito um acordo. — disse Susana e sentou-se no seu trono.

— Gigantes são brutos demais para cumprirem acordos. — disse Edmundo e me abandonou no final da sala para sentar no seu trono.

— Temos que sair daqui ainda hoje. — Pedro falou com as mãos na cabeça.

— Teremos mesmo que lutar contra eles de novo? Isso é patético. — disse Lúcia e cruzou as pernas em seu trono.

— Tentaremos fazer um acordo para evitar o abominável derramamento de sangue, mas acho difícil que eles aceitem. — respondeu Pedro.

— Só nos resta tentar. — disse Edmundo.

— Vão arrumar suas coisas. General, prepare o exército. — disse Pedro.

Edmundo saiu dali em passos acelerados e fui atrás. Esse pessoal gosta muito de andar para cima e para baixo.

Chegamos no quarto de novo e ele já foi pegando uma mochila.

— Vá arrumar suas coisas também. — disse ele.

— Não sei lutar e não me tornarei uma assassina. — falei.

— Eu sei, mas precisamos de servos para ajudar na viagem.

— Isso me inclui?

— Sim. Agora vá logo, vou ficar te esperando aqui.

— Tá bem. Isso é patético.

Voltei para o meu quarto e fui arrumar minhas coisas.

Algumas roupas, acessórios e meu bloco de músicas. Se eu morrer, ele vai comigo.

Também peguei a espada que Brayden me deu. Não estava brilhando.

Depois fui no quarto dos meus irmãos para me despedir.

— O que? Vão te levar para o meio de uma guerra? Você não sabe nem segurar uma espada direito. — Louis disse indignado.

— Obrigada pela confiança Louis. — Falei e ele cruzou os braços.

— Eu até iria com você, mas tenho assuntos com Susana e como vocês sabem ela não vai às guerras. — Brayden disse. Molly arqueou as sobrancelhas para cima e para baixo.

— Já me trocou? Continuo sendo sua irmã Brayden. — Falei.

— Eu quero ir para a guerra também. Sempre quis estar em uma guerra mesmo. Sou boa com arco e flecha. Pelo menos eu acho, não deve ser tão difícil. — Molly disse e gesticulou os movimentos de armar e atirar.

— Negativo. Tá maluca garota? — Perguntei e ela emburrou a cara.

— Eu vou. Eu já estava querendo mesmo entrar no exército de Nárnia. — Louis disse.

— E você sabe lutar? Essa é nova... — Falei. — Não é possível que vou ter que suportar você e Edmundo juntos.

— Treinei durante muito tempo, irmãzinha. Vou arrumar minhas coisas. — Ele disse e foi pegar suas coisas. — Será um prazer perturbar você.

— Tomem cuidado, ainda são crianças. — Brayden disse.

— Eu sei. Cuide de tudo por aqui enquanto eu estiver fora. — Falei.

— Eu já cuido de tudo. — Ele respondeu.

— Ah é? E onde esteve Molly na noite passada? — Perguntei.

— S/n! — Ela me repreendeu.

— Do que estão falando? — Ele perguntou. — Não estava dormindo ontem?

— Claro que estava, só que minha irmã me encontrou no corredor e está dizendo besteiras. — Molly falou e arregalou os olhos para mim. Tudo bem, já entendi.

— A vida não é só a Susana, Brayden. — Louis disse e jogou coisas em uma mochila.

— Só está indo por causa de Lúcia. — Bray refutou.

— Estou indo para cuidar da nossa irmã. Não confio nem um pouco em Edmundo depois da briga que tiveram. — Louis se justificou enquanto tentava fechar a mochila. Ele é problemático ou realmente estava levando todas as suas roupas?

— Se for por isso, eu sei me cuidar Louis. — Respondi.

— Eu já estou pronto, vamos? — Ele perguntou e colocou nas costas.

— Claro, mal posso esperar para voltar com ferimentos. Até daqui alguns dias. — Falei.

— Vou sentir sua falta. — Molly disse e me abraçou.

— Também vou. Mas aproveite bastante com Corin, quero que tenha muitas fofocas para me contar pra quando eu voltar. — Falei e ela pisou no meu pé.

— Cala a boca. — Ela sussurrou no meu ouvido e se separou do abraço.

— Que história é essa? Corin e Molly? É sério? — Louis perguntou e riu. — Só aproveite. Mas se no final quebrar a cara não diga que eu não avisei.

— Sai daqui Louis. — Brayden disse e empurrou ele. — Cuide dele por mim S/n.

— Como sempre. — Falei e abracei Brayden.

— Eu escutei. — Louis falou.

— É bom que tenha escutado mesmo. — Falei e me separei do abraço de Bray.

— Agora é melhor irem logo, os reis podem não gostar que demorem. — Molly disse. Ela estava certa, Edmundo me odeia.

— Bem, então vamos indo. — Falei e fui com Louis.

Louis é aquele irmão/amigo sincero que ninguém precisa, mas é legal ter por perto.

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Esses quatro formam minha personalidade: Pessimista como Louis, apaixonada como Molly, superprotetora como Brayden e dramática como Essiene.

𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒Where stories live. Discover now