S/n:
Cheguei ao quarto de Edmundo e bati na porta, que logo foi aberta por ele.
— Onde estava? — perguntou.
— Eu só tinha saído um pouco com a minha irmã. — falei.
— Hoje não era o seu dia de folga.
— Você nunca me deu um dia de folga.
— Enfim, estou procurando dois papéis importantes, viu algum por aí?
Devia estar falando dos papéis que eu peguei, deixei na roupa suja, que provavelmente agora já é pó por causa do incêndio.
— Não, não vi nada. Do que se tratavam os papéis? — perguntei.
— Cancelaram o nosso pedido de trigo que deveria abastecer a cidade pelos próximos meses, já que em breve as terras não estarão férteis. Estão dizendo que não pagamos, mas nós temos o comprovante, só não o encontro. — respondeu. Fiz uma grande merda.
— E o outro papel?
— O outro não era tão importante, foi só um pedido que fiz, mas já chegou.
— O que vai fazer se não encontrar o comprovante?
— Eu vou encontrar o comprovante.
— Você não tinha nenhuma cópia?
— Não.
— Não há nenhuma outra maneira de provar que compraram?
— Acho que não.
— Nenhuma testemunha?
— Não. Vê se me ajuda a achar esse negócio se não quiser passar fome.
Comecei a procurar por um papel inexistente e acabei tendo uma ideia quando peguei o comprovante do ano passado.
— Achei a nossa solução. — falei e entreguei para Edmundo.
— É do ano passado. — disse ele.
— Sim, a data marca ser do ano passado. E se não verem a data?
— Como assim?
Me levantei e peguei uma vela.
Deixei que ela queimasse a data que estava marcada no papel, deixando apenas alguns números à vista para não parecer suspeito.
— Prontinho. Acidentalmente a vela caiu bem na data em que o trato foi fechado. — falei e entreguei para Edmundo.
— Sua ideia foi boa, mas assim estaríamos mentindo. — disse ele.
— Vê se mostra logo isso a eles se não quiser passar fome.
Ele bufou e se levantou para ir.
— Não esquece de guardar esses papéis sem deixar nenhum para trás, odeio mentir. — disse ele.
— Falou o maior mentiroso da história de Nárnia. — falei e ele estirou a língua. Logo saiu do quarto.
Arrumei aquelas coisas e fui para a sala real para saber se minha ideia deu certo.
— Mais uma vez me perdoem pelo engano, a encomenda de vocês deve chegar nos próximos dias. — disse um mercador.
— Tudo bem. — disse Edmundo e sorriu para mim como uma criança após ter feito algo de errado e ter mentido para a sua mãe.
Fiquei ali um tempo parada enquanto os reis resolviam algo que eu não gostaria de saber o que era até um mensageiro entrar.
— Com licença majestades, a princesa Julie da Calormânia está aqui. — disse ele.
A porta se abriu e uma loira espevitada foi correndo ao encontro de Edmundo.
Fiquei olhando aquilo como se fosse a maior tortura de todas. Era a maior tortura de todas.
— Senti tanta falta do meu noivo! — disse ela.
Fitei Edmundo enquanto controlava a raiva que eu estava sentindo.
Saí dali em passos ligeiros e me tranquei no meu quarto.
Como ele pôde me beijar enquanto tinha uma noiva?
Peguei uma almofada e joguei pela janela.
Fiquei olhando aquele dia lindo se tornar um dos dias mais odiáveis de todos.
Aquele dia era como o que vivi com Edmundo, parecia uma paisagem irreal.
Me joguei na cama e fiquei olhando para o teto enquanto pensava no que aquele idiota fez.
Derramei algumas lágrimas e acabei pegando no sono.
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Aiai, já me ocorreu
Na época q eu escrevi isso eu era super na minha, mas hj eu posso dizer que fiz algo parecido rsrs
Se vão me sacanear no futuro é melhor eu sacanear primeiro 😝😂 (não levem isso como um conselho)Plágio é crime 🚨
Cliquem na estrelinhaaa
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𝑆ℎ𝑒 𝑤𝑖𝑙𝑙 𝑏𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝐸𝑑𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒
FanfictionNa Idade do Ouro de Nárnia, pessoas vindas da Arquelândia e Telmar instalaram-se em uma das terras dos quatro reis, que não gostaram nada disso. Naquela época isso não era permitido, principalmente quando essas pessoas não gostavam dos reis e queri...