Burning Desire - Pedro Pascal

XIV

O cheiro doce e forte percorria minhas narinas trazendo uma sensação gostosa. Era o cheiro forte do café com o doce que parecia ser de panquecas. Me reviro sobre aquela cama macia e quentinha ao perceber minha barriga roncar de fome.

"Bom dia, minha vida."

Ouço uma voz baixinha próxima ao meu ouvido, e logo em seguida, a sensação dos lábios quentes me entregando um beijo estalado na bochecha.

- Bom dia, meu amor – Falo com a voz embargada e um pouco rouca pelo sono.

É absurdamente incrível como a vida consegue nos surpreender. Por um momento, você olha ao seu redor, programa as coisas como quer que elas intercorram, mas num piscar de olhos, tudo aquilo que você planejou, muda completamente. Desde que escolhi a RIVERS para estudar, nunca havia pensado em outra coisa maior, nem mesmo um relacionamento. Com a morte do papai, as coisas não haviam sido muito fáceis para mim ou para a mamãe. Então, eu sempre pensava o que era o melhor para mim. Mas aí tudo mudou. Todos meus planos, a vida certinha, tudo o que eu planejei, mudou. O amor me mudou.

É tolice pensar que o amor não pode causar, nem mesmo uma, mudança sequer em nossas vidas. Amor, medo, desejo...

É preciso saber mudar, recomeçar. Todo dia é um novo dia, e se não aprendermos a lidar com essas mudanças, perdemos grandes e maravilhosas coisas desta vida. Momentos incríveis. Pessoas especiais. Histórias marcantes. 

Eu me permiti mudar para conhecer alguém maravilhoso. Enquanto olhava aquele belo rosto me analisando detalhadamente com um sorriso sutil, me recordava na noite anterior. Na paixão que permitimos sentir um pelo outro. No calor que penetrava nossos corpos. No prazer e no arrepio que nos afogava em um desejo ardente nesta cama.

- Preparei nosso café da manhã. Você quer comer agora, tomar um banho primeiro...? - Ele sugere.

- Só se você vier comigo. – Digo, puxando-o para um beijo.

"Doce, quente, forte, gostoso, invasor", eram palavras que percorriam minha mente ao sentir aqueles lábios quentes sobre os meus. Nosso beijo era calmo, apaixonado, inebriante. Suas mãos faziam o trabalho de me sentir mais profundamente, causando-me uma sensação tentadora.

- Então vem. – Pedro separa milímetros dos nossos lábios para conseguir falar, e me puxa em direção ao banheiro para um banho, colando nossos lábios novamente. Nossas poucas peças de roupa caíam sobre o caminho até chegarmos ao chuveiro.

Seu beijo era devorador, desta vez. Seus dedos se cravaram sobre minha pele como em súplica, querendo saciar o prazer em me sentir novamente. Nossas respirações, aceleradas. Nossos peitos subiam e desciam em um perfeito compasso, afirmando aquele desejo sem sentir mais uma vez um ao outro.

Em êxtase, suas mãos me puxam pelo quadril, fazendo nossos corpos se colarem de imediato sob aquela água quente que percorria nossa pele. Seu sexo já demonstrava todo desejo e luxúria que ansiava por mim.

Um gemido fraco é liberado dos meus lábios já trêmulos pela excitação aparente. Subo uma de minhas pernas pelo seu quadril e sinto seu sexo em contato com o meu, fazendo meu corpo arder em desespero. Agarro com minhas unhas seus cabelos, indo até a nuca e entregando beijos e chupões por toda área. Pedro arfa com a sensação dos meus lábios realizando aquelas sucções deliciosas em sua pele sensível. Seus braços me envolvem possessivamente, não há espaço algum entre nós dois, apenas nossas peles que queimavam em tentação por mais prazer.

Pedro encosta meu corpo sobre a parede e sinto um arrepio percorrer toda a carne com a sensação gelada no mármore sobre as minhas costas. Ele leva meus braços sobre a minha cabeça e distribui beijos e mordidas pelo meu pescoço, seguindo até meus seios. Sua boca se delicia, com prazer, meus mamilos e eu solto outro gemido regado de desejo.