Chapter XXX • Jane Foster

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" 𝘖𝘩 𝘮𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘰𝘩 𝘮𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳
𝘖𝘩 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘢, 𝘤𝘭𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘪𝘯𝘢
𝘝𝘰𝘤𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘪𝘥𝘢 𝘦 𝘴𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦
𝘛𝘦𝘳𝘳𝘪𝘷𝘦𝘭 𝘵𝘳𝘪𝘴𝘵𝘦𝘻𝘢, 𝘤𝘭𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘪𝘯𝘢"
















Afrodite

— Mãe? — Falo me virando para a moça com os cabelos atrás da orelha e um sorriso enorme.

— A conheceria mesmo após mil anos. — Ela fala ainda sorrindo e cheias de papéis.

— Mamãe. — Falo segurando o choro.

— Minha filha. — Ela fala se aproximando. — Solto as mãos de Steve e seguro nos seus braços.

Eu estava chorando. Ela estava chorando. Pensei que não podia esperar para abraçá-la, mas eu estava segurando em seus braços e ela nos meus, chorando.

E ela me abraçou. Acho que não tive coragem de abraça-lá. Mas quando a abracei meu corpo reagiu de uma forma tão bonita, ele parecia reconhecer aquele calor, aquela sensação.

A abracei ainda mais forte. Parecia que todos os meus medos tinham ido embora.

—  Você está linda. Uma vez seu pai me disse que não importava quanto tempo eu ficasse sem te ver, eu encontraria a mais bonita dentre todas as moças. — Ela fala passando a mão em meu cabelo.

Eu estava sem palavras. Eu tinha preparado todas as coisas para esse dia, eu iria falar que a amo, que sentia sua falta e que nunca mais queria está longe dela, e logo depois eu faria as perguntas ruins, como: por quê abriu mão de mim tão fácil, por que não nos visitou, por que esperou tanto.

— Olá, Capitão América que estava beijando minha filha e que deixa tudo mais constrangedor. — Ela fala ainda sorrindo e rápido.

— É bom conhecê -la, Senhora Foster.

Que vergonha.

— Por que...Por que o papai não ficou aqui? — Pergunto. Antes de responder, ela passa a mão em meus cabelos botando eles atrás da orelha.

— Sente – se aqui. Capitão você pode levar esses papéis para dentro? — Ela pergunta.

— Claro. Não se afastem muito. Não estamos cobrindo um território muito grande e não temos suporte aéreo.

Reviro os olhos com o senhor certinho.

— Não se preocupe.— Minha mãe fala.— Ele é seu namorado? — Ela pergunta

— Não...Não. Bem, eu... Eu sou casada.É, casei há algumas semanas. — Falo e ela escutava atentamente sem mudar sua expressão.

— Casamentos são complicados. É... são estranhos na verdade. Nunca fui casada, morei com seu pai por um tempo... Mas não é a mesma coisa. Imagino que seu casamento deve ter sido muito bonito.

— Foi bonito, a decoração. Foi bonito tudo arrumado. Mas... — abaixo a cabeça

— Mas você não o ama. — Ela olhou para mim.

— Achei que o amava. Eu realmente achei. Achei que iria ter aquela sensação para sempre.

— Conheço a sensação. Achei que já tinha amado, que já tinha sido amada. Mas quando conheci seu pai. — Ela faz uma pausa e respira fundo. — Percebi que não sabia o que era amor, tudo que eu já tinha vivido foi migalhas. Eu só soube que merecia ser amada quando eu o conheci.

— Mesmo assim vocês não estão juntos.— Falo limpando as lágrimas do meu rosto.

— Só quem ama tem coragemQuando você nasceu, te chamamos de Afrodite porque você foi a coisa mais bonita de nós dois. Não tenha arrependimentos, você está viva, você pode mudar qualquer coisa. Nada está certo, as circunstâncias mudam, o tempo passa. Nenhuma decisão está 100% tomada.

— Gostaria de ter escutado isso antes, mamãe. — Falo enxugando as lágrimas

— Queria ter falado antes. — O sorriso dela desapareceu, e ela também enxugou as lágrimas de si mesma. — Sua irmã... Ela sempre vem. Quando ela não está trabalhando, ela ama a terra. Mas ela não é a rainha. Minha filha é uma Rainha, uau! Você deve ser muito boa. — Ela volta a falar como uma tagarela.— Pensei que vocês, não as duas, mas que alguma seria cientista ou algo relacionado a ciência. Mas vocês são duas super heroínas. Soube das jóias. É incrível, trabalhei um tempo com o tesseract.

Fiquei queita. A escutando. Ela olhou para mim, talvez esperando eu falar alguma coisa.

— Desculpe, falo demais quando fico empolgada. — Ela começa a botar o cabelo atrás da orelha.

— Eu também. —Falo

— Ele gosta de você.  — Ela fala

— Quem? — Pergunto

— O Capitão América.  Ele está ali, creio que ele deveria de olho em todo espaço, mas ele não tira os olhos de você.

— Aonde? — Falo procurando.

— Não.... Não olhe agora. Vai constragê-lo. — Ela fala. — Pretende ficar na terra?

— Tenho que voltar, mas ainda não sei. Asgard precisa de mim, serei a rainha em breve.

— Você fala igual ao seu pai. Vocês são reis e rainhas. Admiro isso, se dedicam. Ter paixão pelo que faz, na verdade eu quase morrir algumas vezes no que eu falo em nome da ciência.

— Meu avô, Odin falou sobre você. Ele disse que você era igual ao meu pai, persistente. Quem não conhece confunde com teimosia. Por muito tempo não sabia que tipo de pessoa você seria para mim.

— Que tipo de pessoa sou? — Ela pergunta.

— A pessoa que tem as respostas para minhas perguntas.

— E quais perguntas são essas?

— Tenho sentimentos que não posso explicar, até mesmo ações que eu mesma me pergunto o porquê de tê-las feito. Queria conhecer mais do meu lado humana, meu pai não pode me responder isso.

— Eu iria amar responder todas elas. — Ela segura minha mão.

Nat. — Ela fala indo em direção de minha irmã. — É bom ver vocês duas. Espero que fiquem.

Continuo sentada.

— Na verdade todos vocês podem ficar. Não é muito grande, mas tenho certeza que todos vão encontrar um lugar. O que acham? — Ela pergunta animada.

— Por que não? — Nat fala

AFRODITE:LOVE AND BEAUTYOnde histórias criam vida. Descubra agora