AFRODITE:LOVE AND BEAUTY

Chapter XXXVII • Sylvie

— Tudo bem. Aqui tem todas as comidas da terra que eu gostei até agora. — Falo sentando ao Lady de Sylvie no sofá. — Cachorro quente, cereal com leite, misto e café.

— Onde estão todos? — Ela pergunta olhando em volta.

— Minha mãe foi pro trabalho, meu tio precisou ir até Asgard e os vingadores estão salvando o mundo. — Falo me enrolando.

— Seus namorados a deixou aqui? — Ela fala .

— Tia! — Falo envergonhada.

— O quê? Loki me contou que você tem pelo menos dois namorados aqui na terra. Te admiro e acho que você está certíssima.

— Se tio Loki souber disso não vai gostar. — Falo e nós duas rimos.

— E sua irmã?— Ela pergunta bebendo um pouco do café.

—Ela tem me evitado, e acho que eu também. Achei que tivéssemos bem, mas temos problemas de anos e agora gostamos do mesmo cara, e isso acaba com tudo.

— O que sua mãe acha disso?

— Ela é cuidadosa com as palavras, acho que ela não quer escolher um lado para não perder o que eu e ela tem construído esses dias. Mas eu gosto de conversar com ela, me traz uma paz que não achei que poderia ter.

— E seu pai?

— Não sei. Não passamos muito tempo juntos, tem o Thanos e tudo mais. Tenho tantas pendências em minha vida.

— Eu achei isso por um tempo. Parecia que eu sempre estive fugindo, talvez eu sempre estive. Mas se começar a acumular problemas agora, não irá parar nunca.

— Eu sei...eu sei. Mas não sei por onde começar.  O Steve está zangado, Bucky se afastou, meu pai vive  para salvar o mundo, minha irmã acha que sou sua inimiga e tem dias que acho que estou sozinha, estou andando em ovos. Escolhendo as palavras certas porque não quero machucar ninguém, e mesmo assim as minhas ações machucam.

— Dite, seu pai é o deus do trovão, porque ele é um guerreiro está sempre lutando, salvando o mundo. Ele é um herói. Seu tio, um Loki. Eu, sou um Loki. Somos incansáveis, mentindo, tramando, trapaceando e em buscas de desafios. Estou reclamando de está sempre fugindo, mas agora estou entediada. Você. Você é a deusa do amor, agora você é uma mulher, você é uma semi-deusa, você ama. Você está procurando alguém que você realmente sinta o amor, você encontrou. Só não sabe ainda.

— Eu sei. Sei mesmo. Mas sei que minha escolha vai machucar muita gente.

—  Qualquer decisão que você tomar, alguém vai se machucar alguém. E mesmo agora sem decisão nenhum tomada, você está machucada e tem muito mais gente se machucando.

— E você tia, já se apaixonou? Está apaixonada? — Falo olhando para ela que agora comia a tigela de cereal.

— Eu sou um Loki, não confio em ninguém e sempre acabo traindo quem confia em mim.

— Isso não é verdade, eu confio em vocês dois. Vocês são minha família e cuidam de mim.

Ela dar sorriso, parecia agradecida por escutar isso.

— Eu vivi minha vida fugindo, até encontrá-lo. Nunca fiquei em algum lugar por muito tempo, estava em vários fins do mundo, quando um acabava eu voltava pra outro e foi assim por anos. Ele me salvou. — Ela falava com lágrimas nos olhos. — Ele foi a primeira pessoa que me tratou com respeito. Ele. — Ela enxuga as lágrimas. — Ele confiou em mim, eu o trair. E mesmo assim ele voltou pra mim salvar.

Enxugo às lágrimas dela.

— Porque ele te ama. Acho que minha mãe tem razão, o amor exige sacrifícios. O amor é muito mais egoísta do que pensamos, exige devoção.

— Não deveria ser. Deveria ser leve.

— Acho que sim. Odeio está casada, amo outra pessoa.

— Você não tem apenas duas opções, espero que saiba disso. — Ela segura minha mão. — Você pode escolher, passei anos achando que não tinha escolha, quando eu só tinha que toma-las.

— Você está aqui agora, você tem uma família, pessoas que te amam e um homem ou um Deus como ele mesmo diz, que te ama.

— Sei o porquê de ter traido ele. — Ela fala apoiando a tigela em seu colo.

— Por que ? — Pergunto mordendo um pedaço do cachorro quente.

— Porque não sei fazer isso, não sei amar. Não sei viver isso, não sei confiar nele nem em ninguém. Fui criada sozinha, não aprendi  confiar e sim a não confiar em ninguém.

— Tenho certeza que ele entende, por isso ele foi atrás de você. Isso pode levar tempo, eu entendo e ele entende. Você não vai aprender isso da noite pro dia.

— O que você sente? Pelo cara que você gosta?

— Quando conheci Ares, eu tinha 14 anos e ele mim levava flores todos os dias. Ele era encantadou, com 16 eu estava noiva dele. Quando tinha 21 achei que estava apaixonada por ele, sentia alegria quando eu o via e ficava triste quando ele ia para alguma batalha. Mas quando vim para Midgard, e o vi,  sentir um frio na barriga, nunca havia sentido antes e estava intimidada por ele algumas vezes, ele me fez sorrir e chorar. Sentir tudo com ele, raiva, amor, alegria, tristeza. Acho que é isso, amor é quando você senti coisas que nunca sentiu e todos os sentimentos acontecem.

— Queria matá-lo quando o conheci. — Ela fala dando um sorriso. — Depois ele era um amigo ou parceiro. — Agora não sei o que ele é.

— Um namorado, talvez, quem sabe.

— É estranho falar isso em voz alta. Já pensei, pensei muito. Mas nunca falei.

— Eu disse para ele ir atrás de você, ir procura-lá. Mas ele tinha medo de você está com raiva dele.

— Mas eu o trair, como ele pode...Como ele pode pensar assim?

– É porque ele está apaixonado. Reconheço de longe, vocês foram feitos um pro outro. Ninguém entende melhor um Loki do que o próprio, você pode entendê-lo mais do que qualquer um aqui.

— Se eu não o trair, ele vai me trair.

— Minha mãe me disse para fazer algo.

— O que?

— Aproveitar o momento, vocês dois estão aqui, estão juntos. Essa é a oportunidade, talvez nunca mais tenha.

— Espero que você siga seus próprios conselhos.

— Eu vou, escute a si mesma também. Será que é errado? — Pergunto

— Está apaixonada?

— Não. Quero ficar aqui, quero viver como os humanos, quero construir uma vida com ele aqui. Mas não posso.

– Porque? Seu pai é o rei eleito, não é sua responsabilidade.

– É muito mais complicado. Meu pai nunca quis ser rei, a coroa será minha em breve, e não posso abandonar Ares. Odin nunca permitiria.

— Então, viva o agora e aproveite ele enquanto ainda pode tê-lo

Terminamos de comer e alguém finalmente chega.

Sim, eu tinha que começar.

— Bucky? Que bom que chegou, podemos conversar? — Falo me levantando.