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POV Camila

Domingo à noite estava anormalmente quente para setembro - o tipo de noite que inspirava más decisões. Eu terminei meu dever de casa, mas assim que coloquei meu vestido lápis Oscar de la Renta, aprovado por minha mãe, de repente eu não conseguia respirar. A lã dava muita coceira e estava quente contra a minha pele, meu Jimmy Choos me fazia sentir como se eu não estivesse em terra firme e o batom vermelho que minha mãe insistiu que eu usasse estava muito escuro, muito.

Parecia que eu estava indo para um funeral. Eu me sentia assim, também.

Sem pensar nisso, tomei a decisão certa em seguida. Lavei o rosto e arranquei o vestido, em seguida, coloquei um short jeans, um top sem mangas e sandálias. Muito melhor. Peguei meu celular, agradeci aos deuses que quem me atendeu foi o correio de voz da minha mãe e pedi para ser liberada, alegando que tinha estudado a noite toda e estava acordada há 36 horas direto. Eu disse a ela que ia desligar o celular e apenas dormiria, então ficaria bem para a aula amanhã de manhã, e aquilo eu sabia que ela entenderia, por causa do quão importantes minhas aulas eram para o meu futuro.

No momento em que meu táxi parou na frente do complexo de apartamentos de Lauren, me senti mais parecida comigo e não me senti nem remotamente mal por me esquivar dos meus pais. Foda-se debates para prefeito e códigos de conduta e de vídeo que delatavam tudo. Foda-se a pequena Camila.

Enquanto eu subia os três lances de escadas, percebi que não estava vindo para cá apenas pelo sexo. Meu coração batia forte de emoção só de ver Lauren. Sim, só de vê-la. Eu queria saber tudo sobre ela. E eu queria conhecer Jauregui. O pensamento de ter em minhas mãos um pouco da sua arte me deixava tonta.

Isso era muito melhor do que política.

Lauren não atendeu de imediato, e eu percebi que cheguei muito cedo. Tentei ligar para o número dela e podia ouvir o telefone tocar, sem resposta. Tinha sido estúpido eu aparecer sem avisar. Ela ainda devia estar no trabalho ou na loja. Ou talvez tivesse saído para tomar umas bebidas.

Quando eu estava prestes a virar e sair, a porta se abriu e minha respiração engatou quando meu olhar encontrou seu corpo parcialmente nu e molhado.

Oláááaááá, peitos. E tattoos.

O cabelo escuro e ligeiramente úmido estava um pouco bagunçado, que me fez querer correr meus dedos por ele. Sua pele brilhava com as gotas de água que percorriam o vale dos seus seios quase obscenamente expostos, não fosse pelo sutiã de renda, e sobre a pele lisa e branca do seu abdômen, desaparecendo no cós do short jeans de cintura baixa que ela usava. Na parte superior, alguns botões da peça estavam abertos, como se ela não tivesse tido tempo de fechá-los, revelando uma cor púrpura da sua calcinha de renda que combinava com a parte de cima.

Segurei cada grama de autocontrole para não lamber os lábios.

— Você está adiantada. — ela disse, parecendo satisfeita.

— Sinto muito. Eu sei que é apenas sete, mas eu... — eu queria ver você.

— Você estava com fome? — sua voz abaixou para um tom provocante.

— De macarrão com queijo? Totalmente.

Vi seu peito vibrar com uma risada profunda e rouca. 

— Claro. Entre. — ela virou-se para o lado para que eu pudesse passar pela porta.

— Obrigada. — eu cruzei as mãos sobre meu peito para me impedir de fazer algo estúpido, como estender e correr os dedos sobre aquele sorriso sexy, em seguida, deslizar nos mamilos que apareciam pela renda e no abdômen, para não... - espere. Eu parei, porque se eu pensasse sobre isso por muito tempo, eu perderia todo o controle.

True ColorsWhere stories live. Discover now