Oikawa Tooru (Grande triunfo)

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- Meu Deus! Eu vou ter um enfarto. - torci a toalha que estou segurando até que os nós dos meus dedos ficassem branco de tanta força que coloquei ali.

- Calma, mulher! - algum jogador falou do meu lado, só que nem prestei atenção.

- Não consigo doido. - me levantei e depois sentei de novo.

Já é o quinto set-point da Argentina.

Minha sanidade já se foi pra algum lugar no meio do quarto set, e não manda aviso de que vai voltar tão cedo.

- E agora. - falei e grudei meus olhos nele, Oikawa, o levantador que se naturalizou para poder jogar pela Argentina.

Conheci o moreno exibido quando ainda estava na faculdade, foi bem no meu estágio, fui dar uma olhada no seu joelho e ele me cantou na cara dura.

Na hora eu fiquei fula da vida por aquele pavão ficar se amostrando pra mim e para as outras meninas ao mesmo tempo.

Felizmente consegui manter o meu estágio após concluir a faculdade. A clínica em que estagiei tinha um contrato de anos com o San Juan clube. Então passar a ver o pavão se tornou uma coisa frequente na minha vida.

Nos primeiros meses Oikawa era o meu inferno particular, ele parecia gostar de me ver espumar e passou a me provocar com mais intensidade. E com uma conversa despretensiosa conseguiu que eu fosse a fisioterapeuta exclusiva dele, não estava autorizada a atender nenhum outro atleta, apenas ele.

Nesse dia eu quis matar ele. A única coisa que me impediu foi que eu seria presa por homicídio premeditado. A parte boa era que o salário cobria lindamente as minhas necessidades de burguesa safada e ainda sobrava.

Mas chegou em um ponto que ficar com Oikawa se tornou agradável, passei a esperar as provocações e quando ele notou que eu já não ficava mais tão irritada e sim me diverti com aquilo tudo parou.

Nossas seções diárias ficaram mais quietas e se resumiam a um "bom dia" e "tchau".

Fiquei triste, é claro, mas se eu ia falar alguma coisa pra ele? Nunca, nem sob ameaça de morte.

As semanas se passaram e já tinha me conformado que não ia voltar a ser perturbada por ele.

Mas um dia outro jogador veio falar comigo. Nunca tinha falado com ele, me chamou para jantar, mas antes que minha boca abrisse Oikawa já tinha chegado me puxado pra perto. " Ela já vai jantar comigo esta noite e todas depois dessa", o cara se desculpou e deu meia volta.

Quando estávamos só dei um tapa com força na sua nuca, ouvi uma reclamação e depois perguntei o porquê dele ter feito isso, só me respondeu que pretendia jantar comigo a noite, dei risada e pensei que estava brincando.

E mais tarde naquela noite quando já estava em casa, com a minha garrafa de vinho aberta e escolhendo um filme para passar a noite de sexta-feira solitária, minha campainha tocou. Imagina a minha surpresa quando encontrei o pavão na minha porta com uma sacola nas mãos.

Entrou como se fosse o dono da casa e começou a cozinhar pra mim. Fiquei fraquinha na hora, ele fez raviolli. Ver os músculos daquele braço de perto quase me fez babar.

Comemos e senti Oikawa me rondar perigosamente, no final ele foi embora se despedindo com aquela cara de pau que só ele sabe fazer.

No outro dia apareceu de novo na minha casa, de novo, de novo, de novo e de novo até o dia em que o beijei e tudo explodiu.

Viver com ele era de certa forma interessante a minha rotina que antes se resumia a trabalhar voltar pra casa e dormir tinha ganhado um acréscimo, um atleta que era muito mais complexo do que se mostrava.

Haikyuu Imagines +18Where stories live. Discover now