Meus adorados poemas.

Sensações.

Sensações.

Eles estavam a se perguntar
O porquê da tristeza em meus poemas habitar
Eu estava a lhes falar
Que era injusto por aquilo se perguntar.

Pois os únicos motivos de em mim a tristeza habitar
Era de tudo aquilo que eles me fizeram passar
Era de tudo aquilo que simplesmente eles estavam a me falar
Estavam no direito de perguntar?

Se questionavam sem parar
O motivo o qual eu estava a ocultar
O segredo daquelas palavras tão lindas de se falar
Em minha mente, eles estavam a se infiltrar.

Eu somente trago a meu favor
Tudo aquilo que sinto com fervor
Faço de benefício meus sentimentos
E faço com que as palavras se pintem numa própria tela.

A melancolia tão habitual
Me faziam perguntar se aquilo era normal
Trazer a beleza a nobre tristeza
Poderia me oferecer tanta esperteza?

Os motivos irei falar
Foi por conta daquilo que  estavam a me obrigar
Não conseguia fugir
Não conseguia nem mais dormir.

As minhas palavras irei mudar
Para tudo isso esquecer
Essas perguntas inconvenientes
Eu não quero mais receber.

Dos meus vícios, não quero depender.
Por conta das mesmas pessoas, não quero mais sofrer.
As mesmas sensações não quero sentir.
Tudo o que eu quero é o benefício de poder dormir.

Esquecer;
Sumir;
Sonhar;
Mudar;

Os meus caminhos estavam a se traçar
Pois queria estar
E ao meu próprio lado me estabilizar.
          
Servente de dependência;
Era o que me tornei
Anos se passaram
E eu não esquecerei.

Sofrimento indizível
O qual para mim não era possível
Metida numa felicidade fútil
Fui obrigada a achar o que mais tinha de útil.

Soluços em meio ao breu
Que era o vazio de minha mente
Olhava em volta e não avistava nada
Conseguia sentir meu corpo dormente.

Era uma ilusão para se descrever
Eu poderia até morrer
Descobrir aquilo
Foi o que não me manteve tranquilo.

Enrolado em uma falsificada realidade
Tudo o que eu tinha era felicidade
A que fora roubada de mim
E trazido a um sofrimento sem fim.

Apresentaria melhoras
Se não fosse pela incrível demora
De identificar e saber
Todos os sentimentos que me faziam sofrer.

Me escondo atrás de trapos negros
Trazendo um pequeno conforto em esconder
Tudo aquilo que havia feito e poderia fazer
A ausência de alguém fazia a minha visão escurecer.

As vozes diziam
Me culpavam
Pelos atos os quais me responsabilizei
Não sabia mais de nada, de nada mais sei.

Confuso e infinito
Poderia-o descrever como imortal
Esses sentimentos
Saiam do meu normal.

Me escondo através de feições
Máscaras e fingimentos
Trouxe minha mentira a tona
E fiz dela a minha verdade.

Estou confuso
Não sei quem eu sou.
Não sou capaz de sentir?
Toda essa tristeza que estava a me falir.

Sou um ser escasso
Sou um ser incômodo
Sou um ser infeliz
Sou simplesmente alguém apaixonado pela arte de sofrer.

A tristeza era habitual
Tornei-a como normal
Virou minha rotina
Escrever sobre a minha vida.

Me escondo através de palavras
Somente mudadas
Trazendo as mentiras
Mais bem trabalhadas.

Em uma espécie de tempo
Nunca saberei
O que eu realmente sentirei
Se uma cura, finalmente, encontrarei.

Sou um sem nome
Não sei quem sou
Você também não sabe
Afinal, eu não lhe contei nem metade.

Tudo que eu tenho são desconfianças
Nem em mim mais tenho confiança
Nem me sinto mais em segurança
Sei que não estou sozinho, mas me sinto como se estivesse.

Meus pensamentos me engolem
Eu não sei mais o que fazer
Isso é melhorar?
Isso está melhorando?

Eu não sei.
Não queria trazer palavras
Tão difíceis de escrever
Mas são as mais sinceras que posso fazer.

Suspirava.
Se queixava.
Reclamava.
Entristecia.
O ciclo se repetia.
Tristeza.
Felicidade.
A sensação da infelicidade.
O belíssimo som.
Um relógio de ouro.
Marcava-se o tempo
Que havia se passado.
Não havia sentido nada
Nem vivo havia estado
Sua mente se torturou
Com as próprias idéias que criou
Não existia ninguém
Que lhe fazia bem
Era mentira, pois disso sabia
Era confuso, pois era indescritível
As rimas não faziam mal
Nem bem
Pois nem naquilo, conseguia estar bem.
Suas palavras eram tranquilas
A escuridão a adormecia
Seus pensamentos esquecia...
Medo, ele sentia.

𝐍.¹⁵/⁰⁸           ☾︎__𝒜𝓈𝓈. 𝓓𝓮𝓾𝓼𝓪__☽︎