Meus adorados poemas.

Ela.

“As pontas de seus dedos pincelavam devagar o puro e admirável ar.

Seus pés vagavam lentamente de um lugar ao outro, fazendo os animais vislumbrarem a perfeição.

As notas musicais e seu timbre perfeito acompanhavam, junto a chuva que caia calmamente e pingava.

Os ventos balançavam os fios alaranjados de seu cabelo, deixando-a mais bela do que é.

As palavras me faltam para descreve-la, era mais que magnífico, era mais que perfeito.

Meus olhos se enchiam de admiração ao vê-la dançar acompanhada da natureza.

Equilíbrio entre o verde, o azul e o marrom.

O clima parecia conspirar para que tudo desse certo, em meio a chuva, os ventos balançavam elegantemente e transformavam-a em algo jamais visto.

Seus passos, ritmados.

Seu rosto, sempre calmo, com seu sorriso encantador de lado.

Seu corpo esculpido pelos mais sortudos anjos, seu sorriso pintado pelo mais talentoso artista, seu amor feito pela morte mais saborosa que eu poderia provar.

Os sons da natureza enfeitavam a arte, que fora feita em minha frente, trazendo um ar de encanto e hipnose a dança que era feita tantas vezes pela mesma alma.

Delicada;

Como uma rosa;

Ela dançava;

Cantando e rodando;

Tecendo lindamente;

As mais ilusórias palavras;

Com seus significados variados;

Para me fazer sorrir;

Fazer-me a acompanhar;

Trazê-la a vida e preencher a sensação de sua alma vazia;

Deixá-la degustar do líquido quente, rubro;

Vermelho como as rosas que crescem em seu corpo;

Jamais arrancadas;

Pois são cheias de espinhos;

Seu corpo é intocável;

Seu amor é insaciável;

As rosas são secas;

quebradas, vazias, porém continuam bonitas;

Seus traços são únicos;

Hipnóticos,
Ilusórios.

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As luzes se encerram, trazendo a escuridão ao local, tomado pela cor solitária.”

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“Ao luar
Em um ritmo incerto
Dançamos.”

                ☾︎__𝒜𝓈𝓈. 𝓓𝓮𝓾𝓼𝓪__☽︎