Sonhos.

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Sentia o vento beijando-lhe o rosto, a sensação de liberdade percorrendo seu corpo e lhe trazendo tranquilidade.

A tranquilidade que tanto procurou, que por tanto tempo buscou, finalmente a alcançou.

Sentia seus pés indo cada vez mais para a beira, sentindo a textura doce e macia das nuvens.

Se sentia em casa, era familiar demais.

Suas pálpebras se cansavam, fechando-se aos poucos, lentamente iam deixando sua visão na mais pura e aconchegante escuridão.

O medo não fazia mais parte de si; o sabor do pânico não estava mais ali; não sentia mais o amargor da tristeza em sua garganta; não sentia seus olhos inchados; não sentia as lágrimas secas, incômodas, em suas bochechas.

Sentia o vento acariciando seus cabelos, ouvindo um pequeno e inexistente sussurro de que tudo ficaria bem.

Andou, não temendo em olhar para baixo, conseguia ver a estrutura que iria dar a si seu descanso, sentia-se flutuando enquanto observava vagamente o seu redor.

A tranquilidade tomou seu ser, fazendo-a dar alguns passos para trás e cair, abrindo os braços e deleitando-se da sensação de frio na barriga que a queda dava.

Esperava pela dor em suas costas, pelo sangue escorrendo de seus lábios, de sua alma sendo ceifada, porém, curiosamente, sentiu algo macio em suas costas.

Sentiu a sensação de sonolência se esvair e uma melodia familiar soar pelo quarto.

Seus olhos se abriram, vendo onde estava e se sentou, sentindo os resquícios da tranquilidade de antes.

Era simples, como o vento, era um simples sonho para lhe tirar daquela bolha de pensamentos e fazer-lhe desistir da idéia de fazer o que faria.”

                ☾︎__𝒜𝓈𝓈. 𝓓𝓮𝓾𝓼𝓪__☽︎

Meus adorados poemas.Where stories live. Discover now