A Sósia - Volume I

Capítulo 52

Christopher= Eu não estou! – arregalou os olhos. – Eu só não quero arruinar nosso namoro.

Dulce= Engraçado, porque é justamente o que está fazendo agora. – franziu o cenho, sem deixar de mirá-lo. – Está me colocando a dúvida, me deixando ao ponto de pensar se eu não deveria voltar e ficar com o cara que me conhece há anos e... e faz sexo comigo. Porque pra você eu sou uma espécie de... sei lá, vadia ou algo assim.

Christopher= Sobre isso... Eu me expressei mal, ontem. – ele colocou as mãos na cintura dela. – Eu estava enciumado e acabei falando coisas que eu não penso, mas que sabia que te deixaria mal.

Dulce= Você sabe a importância que tem pra mim. Não precisava ter falado daquela maneira. – suspirou. – O simples fato de ter aquela conversa com você já era mais do que o suficiente pra me deixar mal.

Christopher= Perdão, perdão. – aproximou seus rostos. – Eu não penso nada daquilo sobre você, e quanto a sua dúvida... Sei que não sou tão bom quanto o Vinícius era pra você, mas eu posso melhorar. – sorriu. – Eu me esforçarei pra fazer com que você se sinta bem, segura e... feliz ao meu lado.

Dulce= Sou muito feliz com você, e você sabe disso. – arqueou uma sobrancelha.

Christopher= Você não deve voltar e ficar com ele. Seu lugar é aqui, seu lugar é comigo. – ela riu. – Eu sou o cara certo, eu sou pra você. Então, se tiver que escolher, escolha a mim.

Dulce= Eu não preciso escolher, porque não tenho mais nenhuma dúvida. Mas se eu tivesse, escolheria você. Sempre. – encarou-o.

Christopher= Você me perdoa? – colocou uma das mãos no rosto dela. – Por ter sido estúpido, por ter sentido ciúmes e por ter provocado essa situação chata?

Dulce= Uma condição. – colocou um dos dedos sobre os lábios dele. – Você vai parar com o ciúme bobo e com a implicância com o Brasil. – ele ia falar, mas ela o cortou. – Não tente negar, é uma implicância. – ele riu nervoso. – Eu tinha uma vida antes de você, isso não vai mudar. Mas estamos juntos agora, e a vida que eu quero é a vida com você. – disse sincera. – E preciso que se sinta seguro em relação a nós dois. Você é meu namorado, não busco simplesmente amizade e amor em você, quero me sentir segura também, e às vezes você fica tão inseguro, que eu acabo não me sentindo segura pra contar com você. Então preciso que se esforce em ser mais seguro e saber que, não importa o que aconteça, eu vou sempre te amar. Pode fazer isso por mim... por nós?

Christopher= Posso. Com certeza, posso. – sincero. – Então, vai me perdoar ou não?

Ela sorriu, fechou os olhos e o beijou nos lábios lentamente. Christopher manteve uma das mãos no rosto dela, enquanto a outra alcançou a cintura da morena, apertando-a sutilmente. Não saberia viver sem o beijo dela, o perfume dela, o sorriso... não saberia viver sem Dulce por perto. Havia se tornado completamente dependente da diretora.

Dulce= Perdoado. – disse, assim que encerrou o contato. – Nunca mais me faça chorar. A menos que seja de felicidade.

Christopher= Eu prometo, vida. – deu um selinho nela.

Dulce= Ótimo, porque eu senti muito a sua falta. – abraçou-o com força. – Christopher, você não tem noção de como é terrível dormir sozinha.

Christopher= Eu tenho noção. – ela desceu da sacada, mas continuou abraçada a ele. – Passei a noite inteira procurando seu corpo pra abraçar, sua nuca pra cheirar e... beijar.

Dulce= Eu não estava falando disso. – rindo. – Era apenas dormir.

Christopher= Exatamente. – ela arqueou uma sobrancelha e ganhou um rápido beijo dele. – Amo você, sabia? Eu amo muito.