Valentina= É, sou eu! – abriu os braços. – Que saudade de você, minha vida! – puxou-a para um abraço. – Perdemos contato depois que eu saí do Brasil, achei que nunca mais fosse te ver. Que bom que nos encontramos outra vez.
Dulce= Você não estava trabalhando na Argentina? – seu coração se desesperava cada segundo mais.
Valentina= Ainda estou, mas estamos tentando parceria com a Azteca, então estou passando um tempo aqui. – tocou o cabelo da morena. – Você está linda, amiga! Embora não tenha mudado quase nada. Já sei que está trabalhando aqui, que está como diretora... fiquei super feliz! E esse é seu namorado? – ela perguntou e jogou os olhos para o diretor.
Dulce= Não! Não, não é. – disse rapidamente, quase em tom de desespero. – Ele é só...
Valentina= Um amigo? – riu.
Dulce= Um colega. – encarou-a. – Não nos conhecemos muito bem, apenas trabalhamos juntos.
Valentina= Oh. – deu de ombros. – Ele é um gato. – piscou para a morena. – Então, estou aqui na capital. Quando você vai me ver?
Dulce= Está corrido pra mim agora. Só estarei na cidade no final da semana. – a loira revirou os olhos.
Valentina= Passe pra me ver, então. – pegou uma papel e uma caneta na bolsa. – Vou deixar o endereço do meu hotel anotado, e aí você passa pra me ver.
Dulce= Ok. – suspirou.
Valentina= Mas é pra passar mesmo. – entregou para ela. – Porque se você não for, eu irei atrás de você. E você sabe que eu sempre te encontro, não é? Sou sua pessoa favorita no mundo.
Dulce= Eu passarei. – pegou o papel e afastou-se.
Valentina= Temos muito o que conversar e relembrar os velhos tempo. Sem a Carla por perto. – abraçou-a com força. – Não fuja de mim. Você sabe que é perda de tempo.
Dulce= Eu te aviso quando for. – afastou-se.
Valentina= Ok. – piscou. – Foi ótimo te ver de novo! E muito prazer, querido. – deu um beijo no rosto do diretor e foi para dentro do restaurante.
Dulce= Vamos embora. – saiu apressada dali.
Christopher= O que houve? – perdido. – Eu sou um colega, é isso mesmo? Nem um amigo eu sou?
Dulce= E desde quando você entende português? – encostou-se no carro, esperando que ele destravasse o alarme.
Christopher= Estou há mais de um ano convivendo com você, não acha que é tempo suficiente para aprender, pelo menos, o básico de conversação? – sério, ela apenas bufou.
Dulce= Valentina é... – suspirou, sem saber o que dizer. – Ela é um pouco atirada demais para os homens, principalmente os que tem dona. Não queria que ela se jogasse para o seu lado.
Christopher= Eu não tenho ninguém. – brincou, apenas para provocá-la.
Dulce= Vai se foder, Christopher! – bateu no ombro dele. – Eu não queria que ela chegasse em você. Pronto. Abre essa merda e vamos logo pra casa.
Christopher= Wow! – arregalou os olhos. – Acho que nunca te vi com tanto ciúmes assim. Ela já roubou algum namorado seu?
Dulce= Já, Christopher, ela já roubou muita coisa de mim, tudo bem? – indicou a porta do carro.
Christopher= Ok. – destravou o alarme e deu a volta para entrar também.
Dulce= Me roubou a vida, principalmente. – sussurrou e entrou no carro.
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A Sósia - Volume I
RomanceDulce deixou o Brasil e aventurou-se no México com apenas um objetivo: a carreira na Televisa. O que encontrou: um diretor estagnado em uma emissora minúscula e inexpressiva, um trabalho que não era - nem de longe - parecido ao currículo prestigioso...