Capítulo 89

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Christopher= Estava só pensando... – sorriu de lado. – São cinco horas da manhã, nós temos que levantar as seis... Por que mesmo que vamos dormir?

Dulce= Porque estamos cansados. – fechou os olhos. – Por favor, sossegue o facho.

Christopher= Por que não conversamos um pouco? – deslizou a mão pela cintura dela. – Podemos dormir no ônibus. A viagem é longa.

Dulce= Amor da minha vida. – abriu novamente os olhos e o encarou. – Eu estou morrendo de sono. Por favor, vamos apenas e simplesmente dormir.

Christopher= Não posso dormir. – beijou o rosto dela. – O que fizemos na boate ainda está na minha cabeça.

Dulce= Não fizemos nada. – ele deitou-se por cima dela. – Não temos nada.

Christopher= Eu sei. – sussurrou. – Apenas gosto de ficar perto de você, te tocar, te sentir...

Dulce= Poncho e Any estão aqui. – voltou a repetir, já deslizando uma das mãos por dentro da camiseta dele.

Christopher= Não faremos nada. – beijava devagar todo o rosto dela. – Só fique acordada comigo.

Dulce= O que você não pede sorrindo, que eu não faço chorando, não é? – passou os braços ao redor do pescoço dele.

Christopher= Essa frase é mais minha do que sua. – ela negou com a cabeça.

Dulce= Shii. – beijou o queixo dele. – Ok, não vamos dormir, mas não podemos acordar os dois.

Christopher= Certo. Manterei minha boca ocupada. – desceu os lábios até o pescoço dela.

Para Dulce, aquela uma hora foi muito mais difícil do que todo o tempo que passara na boate com Christopher.

Agora eram apenas os dois, deitados juntos, os corpos que se roçavam, as mãos dela tocavam as costas dele, as mãos dele tocavam um dos seios dela. Não diziam nada, não uniam seus lábios, apenas se olhavam nos olhos, sorriam cumplices, sorriam confessando o que sentiam.

Dulce= Isso não pode ser certo. – sua mão ia deslizando perigosamente até a cueca dele.

Christopher= Isso o que? – abaixou a alça da regata dela.

Dulce= Você não tem ideia de como eu estou. – mordeu a orelha dele.

Christopher= Você muito menos. – sorriu de lado.

Dulce= Eu tenho. – sorriu. – Estou sentindo a pressão, meu bem.

Christopher= Acredite... – beijou o queixo dela. – Você não está sentindo nada... ainda.

Dulce= Não? – fechou os olhos e então o celular despertou, assustando os dois. – Cacete! – gritou.

Christopher= Ai, caramba. – jogou o corpo um pouco para o lado, estendendo o braço e desligando o celular. – Por que agora? Por quê?

Dulce= Deus... – riu e o abraçou. – Meu Deus! – acabou gargalhando.

Christopher= Não acho a graça. – beijou a bochecha dela.

Dulce= Passamos uma hora nos amassando. – sussurrou para ele, ainda rindo. – Uma hora, Christopher! E eu nem te beijei. Como é que isso é possível?

Christopher= Não sei. – acabou rindo também. – Mas mais uma hora cairia muito bem.

Dulce= Você acaba com a minha sanidade. – escondeu o rosto no peito dele, enquanto gargalhava.

Poncho= Já tá na hora? – sonolento.

Dulce= Já. – tentando parar de rir. – Mas relaxa que eu vou tomar banho na frente.

A Sósia - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora