A Sósia - Volume I

Capítulo 174

Dulce e Christopher terminaram de cumprimentar todos os amigos que estavam ali, e apenas acenaram para aqueles que não conheciam.
Paulinho logo inseriu Christopher em sua roda de amigos, enquanto Dulce foi para a piscina com Carla, para tomarem sol.

Carla= Aqui, gata. – entregou uma latinha de cerveja pra ela, e então deitou-se na cadeira perto da piscina. – Agora pode falar que cara de bunda é essa.

Dulce= Eu deveria ter te ouvido antes. – abriu a latinha. – Sobre a namorada do Vinícius.

Carla= Então você viu, né? – bateram uma latinha na outra, fazendo um singelo brinde, e só então deram um gole na bebida.

Dulce= Posso não me lembrar da cara dela, mas a imagem dos peitos está gravada na minha memória. – bufou. – O corpo daquela mulher não faz sentido!

Carla= Te disse! É super magra e toda gostosona. Não se compete com aquilo.

Dulce= Não mesmo! E Christopher bem que ficou olhando. Deu uma disfarçada e tal, mas olhou. – a loira riu.

Carla= Ah, para! Não vai dizer que deu ciúmes. – gargalhou. – Ah, Dulce María, fala sério! Paulinho também olhou. Todos os homens olham.

Dulce= Todos os homens olham, mas o meu não! – bebeu um pouco mais da cerveja. – E ainda me disse que ela era gostosa.

Carla= Ele disse pra você? Na cara dura? – arregalou os olhos.

Dulce= Eu pedi pra dizer, e ele disse numa boa. Depois veio com aquela de 'ela é gostosa, mas você é mais'. – gesticulou.

Carla= Então seu ciúme não tem sentido. – achando graça. – Você nunca foi de ficar assim. Qual é, pô?

Dulce= Por isso mesmo! – mirou-a. – Eu nunca fui de sentir ciúmes assim, pelo menos não nesse nível. E a sensação que estou sentindo não é nenhum pouco agradável. O homem é meu, eu que conquistei, eu que agarrei... tem dona! Eu não divido!

Carla= Meu Deus do céu, isso é inédito! – gargalhava. – Não posso acreditar que esteja com tanto ciúme assim! A menina não está solteira, e Vinícius é muito mais ciumento, portanto não tem com o que você se preocupar.

Dulce= Vinícius é realmente muito ciumento, mas adora me encher o saco, e não duvido que deixe os dois conversarem apenas pra me ver perder a cabeça. – voltou a beber a cerveja; era a única maneira de ficar menos estressada.

Carla= Deixe de onda. – tranquilizou-a. – Se Christopher veio, foi porque queria ficar contigo. Ele não vai te trocar só porque conheceu a senhora siliconada. E grande merda se ela já morou na Argentina. Você mora no México! Alô, México! Junto com ele, e quando eu digo junto, quero dizer no mesmo apartamento.

Dulce= É... – acabou rindo. – Moramos juntos. Ele é todo meu, só meu. – deu de ombros. – Não há nada que ela possa fazer.

Carla= Amém. Agora você está mais parecida com o que costumava ser. – a morena lhe deu um tapa no ombro.

Dulce= Olha lá, Carla! Olha agora! – desencostou-se da cadeira.

Carla= O que? – fez o mesmo que ela.

Dulce= A siliconada! Foi lá se meter na roda dos meninos! Mas por que diabos ela foi lá? – brava. – Ah, mas eu vou também. Vou armar um escândalo.

Carla= Não vai, não. – puxou-a por um dos braços. – A senhorita vai ficar aqui. Eu vou lá e vou descobrir qual é o assunto.

Dulce= Não acredito que uma mulherzinha dessas está esquentando a minha cabeça. É inacreditável.