Livres Para Amar

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Terça - Feira, 04:00am

Esse foi o primeiro feriado de ano novo em que Sammy e eu não passamos trabalhando.
Passei boa parte do dia pensando em algo para fazer com Cas no nosso primeiro reveillon juntos (como um casal)

Sammy e Eileen foram para Oklahoma celebrar, dizem que as comemorações de ano novo lá são um verdadeiro show, e claro que meu irmão não ia perder a oportunidade de ver isso de perto, eu poderia ter ido com Cas mas achei melhor fazer a nossa própria noite por aqui mesmo.

Quando a noite finalmente chegou avisei à ele que iríamos sair, então subi e tomei um banho, e como nevava, procurei algo que fosse quente e confortável.

Um jeans escuro, camisa xadrez rosa, casaco, e então tirei do fundo do armário a camiseta que Sammy  me deu no amigo oculto do ano passado, toda branca e na frente se lia em letras grandes " Jovem de vinte Bi" e haviam as cores da bandeira ao fundo, apesar de não ser nem de longe um jovem de vinte, não posso negar o restante da frase.

O fato é que eu nunca havia tido coragem suficiente para vesti-la, porque meio que ainda não me sentia pronto para assumir quem realmente era, ou talvez porque eu nunca entendi afinal porque eu tinha de assumir alguma coisa, afinal que diferença faz quem eu amo ou deixo de amar?

Mas eu queria uma noite perfeita com Cas, queria que pudéssemos nos sentir livres, e acho que aquela camiseta já era um excelente início.

Terminei de me aprontar e quando desci ele estava lá, me esperando, tão lindo como sempre foi, ou até mais.

Usava uma camiseta branca, e um cachecol nas cores do arco-íris, parecia até ter adivinhado meus pensamentos, um casaco bege completava o traje combinado com a calça azul escura, e eu só pude concluir que namoro o ser mais lindo que já pisou nessa terra.

- Para onde estamos indo? - ele questionou assim que parei em sua frente.

- Não se preocupe anjo, não vou te sequestrar - eu disse e depositei um beijo breve em seus lábios - vamos?

Ele assentiu e eu o dei a mão.

Ele então olhou para a estampa em minha camisa.

- Pensei que odiasse essa camisa!

- É, eu menti - dei de ombros - além do mais ela me faz parecer mais jovem não acha?

- Talvez, mas com certeza não aparenta ter vinte anos - ele sorriu.

- Poxa Cas será que dá pra parar de cortar o meu barato? - fingi indignação e ele caiu na risada.

- Você está deslumbrante Dean!

Eu sorri.

- Você também, agora vamos logo!

Fomos caminhando o que pra Cas foi estranho no início já que era acostumado a me ver sempre saindo na baby, caminhamos durante algum tempo até pararmos em um restaurante onde jantamos, Cas adorou o macarrão com molho branco, e eu sorri ao ver como cada dia ele parecia mais humano.

Quando saímos de lá, fomos caminhando em direção ao centro da cidade onde havia uma queima de fogos anual à meia noite, a neve agora ja não era tão intensa, mas o chão ainda estava coberto por ela.

Em algum momento Cas passou o braço pelas minhas costas me abraçando e então eu correspondi passando o meu braço pelo seu ombro, e caminhamos lado a lado, abraçados, e foi a primeira vez que nos sentimos tão a vontade fazendo isso, sem nos preocupar com olhares tortos ou piadinhas.

- Sabe Dean, sinto que estamos mais confiantes!

- É, eu também sinto isso. - eu sorri.

- Quero que saiba que estou orgulhoso de você, de nós..

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