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FOI EM NOVEMBRO DE 1980 quando Hope Lupin morreu

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FOI EM NOVEMBRO DE 1980 quando Hope Lupin morreu. Allie jamais vira Remus tão triste. Ficaram uns dias na casa dos pais de Lupin, Remus e Lyall passavam horas juntos na sala de estar mergulhados em um silêncio profundo. Às vezes Allison ouvia o namorado chorar baixinho de noite, tentando não acordá-la. Ela sabia bem que nenhuma coisa que ela fizesse era suficiente para amenizar a dor que ele sentia e se odiava por isso.

Lily foi a primeira a visitar Lupin. A Wood agradeceu mentalmente, já que sabia que a ruiva era a melhor amiga de Remus. Eles passavam horas passeando pela floresta que ficava perto da casa do casal e ele parecia menos abatido sempre que voltava para casa. Ao menos Lilian conseguia fazer com que ele saísse.

O segundo a visita-lo fora James. No dia em que Lily havia os visitado, o Potter se encarregou de tomar conta do pequeno Harry. Mas ali estava ele dois dias depois. Abraçou o amigo, deixou que ele chorasse no seu ombro e passou horas conversando sobre amenidades. Prometeu que voltaria na lua cheia para que pudessem passar juntos como nos "velhos tempos".

Até mesmo Pettigrew havia passado por ali, prestando os seus pêsames de maneira desajustada. Allie nunca entendera muito bem como a mente de Peter funcionava e admitiu que ficou completamente chocada por ele estar ali. Ao mesmo tempo em que ele parecia se afastar e construir muros ao seu redor, ele parecia voltar a ser o adolescente de anos atrás que idolatrava os amigos em um passe de mágica.

O único que nunca apareceu foi Sirius. Mas um dia, um buquê de lírios havia chegado para a casa deles sem nenhum cartão. Allie ligou para Dorcas para agradecer pela gentileza, mas ela havia dito que não tinha mandado flor nenhuma. O coração de Allison se aqueceu suavemente só de pensar em Sirius. Estava morrendo de saudades dele e não conseguia entender o porquê do seu sumiço repentino, mas, aparentemente, ele não havia se esquecido dos amigos.

James voltou próxima a primeira lua cheia de dezembro. Saíram de casa um dia antes para que Remus não se transformasse perto de casa. Allie não havia ouvido nenhum uivo, como era de costume. Mas, no dia seguinte Remus estava de volta e ela nunca o vira tão mal. Estava sangrando, com novos arranhões e machucados, mas apesar daquilo, parecia estar melhor do que nunca.

— As emoções podem se amplificar quando ele está transformado. – James explicou enquanto o amigo adentrava a casa. – Acho que a pior parte já passou, ele extravasou tudo que estava sentindo. Cuide bem do Aluado, Allie.

E foi exatamente aquilo que ela fez naquela noite. O ajudou a limpar todo o sangue que manchava a sua pele pálida, tomando conta de cada arranhão com delicadeza e carinho. O ajudou a lavar os cabelos sujos de terra e pela primeira vez em muito tempo, Remus dormiu tranquilamente ao seu lado, sem acordar no meio da noite ou soluçar descontroladamente.

Dezembro chegou e com ele as montanhas de neve que encobriam tudo que era visível. Decidiram passar o Natal em casa e convidar suas respectivas famílias. Lyall se uniu aos pais e ao irmão de Allie na casa modesta do casal e juntos passaram uma noite extremamente agradável. O pai de Allison e Lyall haviam se dado bem de imediato, mesmo o pai da garota sendo um trouxa. Remus havia ganhado um presente especial de Olívio (um desenho de ambos montados em vassouras, segundo o Wood menor) e Allison viu o sorriso mais sincero de semanas surgir no rosto do namorado.

𝐓𝐀𝐋𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐎𝐍  || remus lupinWhere stories live. Discover now