14. Conversas sérias.

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"Eu tenho um tipo ruim, ruim,
ruim de borboletas
Como quando você tem
algo a esconder
Mentiras, dizendo que
estou bem."
Camila Cabello.

Noah

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Noah.

Os limites não têm sido nada ultimamente. Não importa quantas regras minha mente crie, no final estarei quebrando-as. Não faço nada direito mais, estou caindo.

E te assusta dizer que estou caindo no sentido de se apaixonar? Porquê eu sim.

Não sei como isso vai acontecer. Ainda tenho aquela sensação estranha por Any. Ainda me culpo, mas não consigo me libertar disso.

Mesmo depois de tantas noites quentes com Sina, meu peito ainda aperta quando me lembro do que faço ultimamente. De como sou um covarde, não conseguindo controlar os próprios sentidos.

Any está no meu sofá, foi dispensada do trabalho depois que passou mal. Sintoma da gravidez. Como Josh está ocupado trabalhando no hospital, fui buscá-la. Como um amigo.

E ela está tão feliz. A cada momento em que a olho sua mão está repousada no volume visível do seu ventre. Eles já tem roupinhas e ideias de nomes para o bebê, até planos de se casarem.

Nessas horas, quem sou eu para Any? Seu cunhado e amigo.

Não sou nada além disso. Por que é tão difícil de aceitar?

— Já é a quinta pessoa que me diz ser gêmeos. Estou com medo, mas seria lindo, sabe? Duas garotinhas ou garotinhos correndo pela sala. — Any fala, seus olhos brilhando em animação.

Estou a uma semana sem falar com Sina, depois do que aconteceu. Liana não fez nada demais até agora e duvido que ela faça depois do que aconteceu. Sua mãe prometeu levá-la de volta para Nova York e nos deixar em paz.

Assim como quando Vincent me barrou e Sina se sentiu culpada, também me sinto por saber que ela quase ficou com uma passagem pela polícia.

Any se irritou quando contei a ela, mas ficou animada quando citei ter cuidado da Sina depois... oh se cuidei.

— Josh vai ficar doido. — Me limito a dizer.

— Acha que ele não vai gostar? — Pergunta, preocupada.

— Claro que sim. Ele te ama e isso não vai mudar por conta disso.

— Eu também o amo, nunca pensei que fosse capaz sentir tanto assim por alguém.

Engulo seco. Meu estômago embrulha.

— Você e Sina, hein? De um tempo para cá vocês vivem grudados e preciso dizer que as paredes tem ouvidos. — Argumenta.

Aí, não!

— Pera, você?

Any assente caindo na gargalhada em seguida.

— Ouvi, Noah. Vocês não poderiam esconder de mim nem se quisessem.

Ok, isso não é legal.

— Nós estamos... nos divertindo. — Digo.

— Também apenas me divertia com Josh e agora vamos ter um filho. Vocês podem ter uma história pela frente. — Diz, como minha mãe diria.

— Não quero me relacionar com ninguém.

— Sina não é ninguém. Ela gostou de você, seja feliz, Noah.

Ser feliz. O que a faz pensar que vou ser feliz tendo algo com Sina? Nós somos diferentes demais para isso.

— Sina tem atitude demais, ela é diferente. — Admito, engolindo o nó preso na minha garganta. —, Garotas diretas me deixam sem reação. Não sei reagir quando estou com ela.

Any sorri como um cupido. Ela sempre tentou me arrumar alguém, mas geralmente desistia de ir nos encontros que ela fez.

— Suas pupilas dilatam quando você fala dela. Estava usando drogas ou é amor?

Uma droga chamada Sina Deinert.

— Não viaja, Any.

Quando estou dizendo que não é amor, é sério. Já amei alguém uma vez, não é nada comparado ao que sinto com Sina. Apenas atração, meu corpo é quem reage quando estou com ela, enquanto meu coração continua a pensar em outra pessoa. Amar outra pessoa.

Eu não posso amar Sina.

E há um problema agora. Sina não pode estar me vendo com outros olhos. Se estiver, vamos nos afastar no mesmo instante. Não quero isso para mim, me relacionar para depois quebrar a cara como antes, percebi que fazer de tudo por alguém no final não vale a pena.

Sina é linda e tem um papo maneiro, mas não é para mim.

Quando a conheci dois meses atrás — ou quase isso, pensei em estar ao seu lado apenas na cama. Ser amigos e em troca ter prazer juntos, não isso que está acontecendo agora. Estarei errado se der esperanças de um futuro para alguém.

Realmente nunca pensei que talvez Sina pensasse de outra maneira, afinal, nunca conversamos sobre o que temos.

O melhor agora, é parar com isso antes que o estrago pior seja feito.

— Noah? Hey! Estou te chamando! — Any diz, chacoalhando a mão em frente ao meu rosto.

Estou sozinho com ela na minha casa. É o momento perfeito.

Só preciso falar ou agir.

Agir seria trair Josh, eu nunca faria isso. Ele não merece passar por tudo aquilo. É horrível.

Na verdade, acho que vou começar a frequentar o psicólogo que mamãe recomendou.

— Desculpa, estava só pensando.

— Na Sina, eu sei. — Any completou e sorriu.

Como eu queria que fosse.

Como eu queria que fosse

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eita.

(3/3)

<3

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