19. Chorar e lembrar.

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"E eu cantaria uma canção, que seria apenas nossa
Mas eu cantei todas elas para outro coração
E eu quero chorar, eu quero aprender a amar
Mas todas as minhas lágrimas foram desperdiçadas
Em outro amor, outro amor..."
Tom Odell.

Unknow.
 

Ao sair do banheiro, tudo que Noah encontrou foi os lençóis bagunçados e o perfume da loira espalhado em cada canto. Olhou o relógio e percebeu que se passava das três da madrugada, a preocupação se instalou nesse instante.  Como ela voltaria para casa? De que maneira? Deveria ir atrás dela? Ou apenas se manteria em casa? Sua mente estava uma bagunça.

O que seria de agora para frente?

Pensou em ir atrás da garota, mas teria que dar explicações sobre o que acabara de ouvir. Ele não tinha saída. O medo que sentia de ser traído novamente era tão constante. Ela o amava? Por quanto tempo duraria esse amor? Até ela conhecer alguém melhor?

Noah não acreditava que algum dia poderia ser amado verdadeiramente.

Do outro lado da história havia uma Sina sentindo-se culpada. Falou demais na hora errada, sabia o quão fazia isso e no final levava consigo a dor de um coração partido. Talvez um tanto tola por se iludir nos pequenos detalhes ou apenas mais uma que caiu na imensa confusão que é o amor. Sabia que Noah gostava dela, lá no fundo, tudo estava demonstrado nos seus atos; segurar sua mão na rua, beijar sua testa, elogiar seu sorriso, reforçar o quanto à achava maneira. Tudo nele amava ela.

Mas o que acontece quando não se pode tê-lo só para si? A única alternativa foi ir para casa, com os olhos embaçados pelas lágrimas. Tomada pela angústia da rejeição, relembrando cada momento em que dedicou seu tempo a Noah e agora tudo que teve em troca foi ser mandada embora. Como ela poderia cobrar amor e afeto de alguém?

Quando chegou em casa, tendo grande dificuldade para abrir a porta, mas assim que conseguiu deu de cara com sua mãe e o fotógrafo da loja aos pegas, nem se quer teve tempo de reagir, apenas seguiu escadas a cima chamando atenção da loira mais velha que estava no sofá. Estranhando a chegada da filha, Amanda subiu o mais rápido possível indo em direção ao quarto da garota.

Encontrou-a em um estado deprimente, os olhos azuis já não tinham o mesmo brilho. Estava tudo coberto por lágrimas e o rímel barato escorria por suas bochechas deixando um rastro de tinta preta para trás. Suas mãos tremiam conforme tiravam as peças de roupa do seu corpo, as deixou para trás entrando debaixo do chuveiro. Do lado de fora, a mais velha se preocupou ainda mais ao ouvir um soluço vindo do box.

— Filha? Você está bem?

— Não. — Disse, com sinceridade.

Ignorando o fato de que seu encontro estava largado na sala esperando por respostas e confuso. Amanda entrou no chuveiro com a garota, como fazia a vinte anos atrás, a puxou para um abraço sem se importar com ficar molhada. A garota desabou de vez, lágrimas e mais lágrimas escorrendo por todo seu rosto sem parar. Solucava sem parar, relembrando cada momento do que ouvirá.

— O que aconteceu meu amor? Você não parecesse bem.

— O Noah... ele... só acabou, mãe.

O silêncio voltou a pairar no local. Amanda resolveu apenas ficar ao lado da filha, alguns minutos depois ajudou a loira a sair do banheiro e vestir um pijama confortável, deitou a garota como fazia anos atrás na cama e deixou um beijo no seu rosto antes de sair do quarto. Horas e horas se passaram até Sina conseguir pegar no sono, os olhos estavam inchados e a garganta doía, mas nada comparado ao estrago que estava seu coração.

[...]

Às quatro da tarde Sina foi acordada ouvindo murmúrios no seu quarto. Abriu os olhos dando de cara com Any, Lamar, Savannah, Sabina e Krystian, ambos a olhando como se estivessem em um velório. Amanda entrou logo em seguida.

— Que merda é essa? Eu morri e não estou sabendo?

Amanda sorriu, mas foi por pouco tempo por ver o estado da filha. Parecia ainda pior.

— Meu amor, você não estava nada bem. Citou Noah no meio da conversa e chorou a noite toda, nada melhor do que chamar seus amigos aqui. — Sua mãe disse.

Lamar sorriu. — A propósito, só estou aqui porque Noah sumiu.

Oh, meu Deus.

— Sumiu?

— Sim, quando fui no seu apartamento ele não me atendeu e tamb...

— Ele só está sendo covarde. O que ele fez? — Sabina interrompeu o rapaz.

Sina respirou fundo voltando a cobrir o rosto com o edredom. Todos se olharam nervosos.

— Eu disse que o amava e ele me mandou embora. — Admitiu.

— Como?

Sina engoliu seco. — Ele... ele planejava me dispensar, escutei ele falando com Heyoon hoje mais cedo. Só contribui.

E novamente, voltou a se lembrar do quão estúpida se achava por ontem. Nem percebeu quando cometeu um grande erro, talvez o pior de toda sua vida.

— Noah tem algo a te dizer, Any. Se eu fosse você, se preparava para o que está por vir.

🎏🎏🎏

não tenho mais tempo para atualizar aqui sempre pois estou estudando. :)

enfim, os dois fazendo merda.

me apaixonei família, talvez os próximos capítulos sejam um caos ou talvez não. Tudo depende do meu humor.

<3

lovers | noartWhere stories live. Discover now