Eu estava de novo comendo aquela esponja que o garoto chamado Dimitri chama de macarrão , eu não sei se ele gosta da minha companhia ou ele só queria me vigiar 2 horas por dia quando não estava mexendo na sua gargantilha, que logo descobri que era o meio dele de se comunicar já que era mudo. Já faz mais ou menos um mês e meio que ele simplesmente me largou em uma cabana onde ele e mais alguns caras estranhos moram, o único que eu converso sobre quase tudo é um garoto um pouco mais velho que se chama Toby, geralmente ele faz waffles deliciosos mesmo com Dimitri reclamando sobre "não alimentar uma vitima". As vezes ele parecia estar com ciúmes e algumas outras vezes ele era amigável, mas eram raros os momentos em que ele era amigável.
—Sério que você come a merda da comida dele?- Toby estava sentado ao meu lado e as vezes experimentava o macarrão.
Dimitri somente revirou os olhos e lhe lançou um dedo do meio, de vez em quando eu o olhava e corava brevemente, eu recentemente havia começado a parar em como ele era bonito sem aquela mascara e quando estava mais relaxado. Ele também as vezes parecia me analisar ou somente me olhava por um período de tempo com um sorriso quase imperceptível, Toby se levantou depois de algum tempo e saiu dizendo que iria descansar um pouco, assim me deixando sozinha com ele. O clima ficou tenso por vários longos minutos até ele se abaixar na minha frente, ele começou a me olhar por cada centímetro do rosto.
— Ahm...D-dimitri- grunhi para ele, aquela situação estava de certa forma.... me agradando?
Ele arqueou uma sobrancelha com um sorriso de canto enquanto seu rosto se aproximava mais do meu, eu quase sentia sua respiração e isso fez com que meu coração acelerasse, eu tentei dizer algo mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele colocou o dedo indicador entre meus lábios fazendo sinal de silêncio. Naquele momento eu sentia um turbilhão de coisas no mesmo momento e o olhar dele não ajudava nem um pouco, parecia que ele a qualquer momento fosse me devorar, com um pouco de receio levei minha mão ao seu rosto e acariciei com leveza e como ele não reclamou, eu continuei até ele a segurar contra o peito.
— Olha S/N, você faz meu coração ficar mais acelerado toda vez que eu te olho- ele passou a língua pela boca e continuou- eu comecei a sentir.. coisas, por você e eu sei que você também sente alguma coisa por mim, mesmo que seja algo pequeno, eu sei que sente.
Ele colocou o rosto mais perto e beijou minha bochecha, logo em seguida segurou meu queixo e me beijou com toda a calma do mundo, suas mãos seguravam meu quadril com um pouco de força fazendo nossos corpos ficarem colados um no outro, nos separamos por falta de ar e encostamos nossas testas uma na outra.
— E-eu sinto o mesmo por você Dimitri- disse sorrindo.
— Então saiba que a partir de agora você é minha, e de mais ninguém.
