• CAPÍTULO 06

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A passos rápidos caminho pelo pátio da universidade tentando escapar da chuva que se inicia, algo que a previsão do tempo não noticiou pelo que me lembro. Mas as coisas aqui em Chicago são assim, incomuns. Abraço os livros que acabo de emprestar na biblioteca, se eu molhar eles mal faço ideia de como irei paga-los. Mas uns passos e já estou sob a proteção de um dos corredores externos de um dos edifícios seculares que compõem a universidade. Eu mal soltei a última lufada de ar e um frio aterrorizante arepia meu corpo de tal forma que chego a estremcer, uma angustia se apodera de mim, e eu ainda nem me dei conta de que a Caitlin está parada ao meu lado hipnotizada com alguma coisa que acontece do outro lado. Exatamente no edifício da reitoria.

Não sei por quê mas meu subconsciente está gritando que não devo olhar naquela direção, mas alguma coisa insiste que eu devo encarar o que a Caitlin tanto olha. E quando finalmente coloco meus olhos sob o que na verdade é quem a Caitlin está olhando um terror abismal toma conta de mim, os livros que estavam em minhas mãos junto do meu peito caem no chão duro sem a minha permissão, e eu continuo imóvel sem conseguir fazer qualquer movimento, os olhos escuros e enigmáticos estão sobre mim.

Me falta o ar quando vejo o primeiro passo dele avançar na minha direção, penso em dar meia volta e correr mas parece tarde demais porque ele está caminhando feito um felino calculista ao mesmo tempo que parece tão veloz. Quando dei por mim, ele já estava passando por mim inundando todo meu espaço pessoal com o aroma forte e másculo do perfume dele e a presença assombrosa que ele carrega. Não me dirigiu uma única palavra, simplesmente passou por mim como se nunca tivesse me visto antes, e até agora não sei dizer se isso é bom ou não.

- Que homem meu Deus! Ele nem me roubou e me deixou toda molhadinha- Acordo da minha névoa de pensamentos ao escutar o comentário nada decente da Caitlin, tal como todas as outras meninas presentes nesse corredor de frente para o jardim estão ainda sob efeito da presença do senhor King - um dia eu ainda vou ser poderosa o suficiente pra ter pelo menos uma noite com aquele deus da perdição sexual. O que você acha Sam?

Me atrapalho toda entre responder a Caitlin e apanhar meus livros, que graças aos céus eles não caíram de mau modo senão, só Deus sabe quais seriam as consequências. Coloco todos os livros de volta sob a minha proteção e encaro a Caitlin.

- Eu não acho nada Cat, a vida do Senhor King não me diz respeito - falo enquanto indireto a armação dos meus óculos de leitura.

- Para Sam. Vai me dizer que você é tão santa e recatada que mal consegue apreciar o que é bonito? Faça me o favor, aquele homem - ela fala enquanto aponta na direção em que o senhor King, o exército de seguranças que o protege da chuva e o reitor foram - um dia vai ser meu, por pelo menos uma noite eu vou sentar encima dele e mostrar como se faz as coisas. Só precsio me destacar ainda mais no seio da elite de Chicago.

Não sei por quê, mas essa frase da Caitlin parece assustadora demais agora, ela fala com tanta determinação e firmeza. Será que ela sabe que aquele homem costuma fazer propostas repugnantes para jovens moças? Certo que ela é dois anos mais velha em relação a mim e sabe o que faz da vida dela.

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