Capítulo: 2

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Gabriel Narrando

Depois que terminou as aulas, voltei para casa. Preparei uma pequena mala de rodinhas com alguns livros, roupas e outros acessórios. Quando deu meio dia e meia escuto uma buzina na parte de fora da casa, abri a porta e dei de cara com um carro de alta qualidade, me aproximei do veículo e logo o vidro se abaixa, revelando um homem ainda desconhecido

- boa tarde, me chame Bernardo. Sou o motorista da família Magalhães. O senhor Pedro pediu para que eu viesse te buscar- falou o tal do Bernardo esperando alguma resposta minha

- oi Bernardo, como você já deve saber. Me chamo Gabriel e sou filho da empregada Olinda- falei sorrindo para ele

- já está pronto para ir ?- perguntou ele dando um leve sorriso

Afirmei somente sacudindo a cabeça, ele sai do carro e coloca a minha mala no porta malas, entrei no carro e dei uma leve respirada

- podemos ir ?- perguntou ele me olhando através do espelho do carro

Sacudi a cabeça afirmando positivamente, logo ele começa a dirigir. Me aconcheguei naquele banco macio, e fiquei vendo as árvores passando, e a parte pobre da cidade se tornando em partes ricas e chiques, depois de mais alguns minutos chegamos em frente da mansão.

O Bernardo entra na garagem da casa, sai do carro e segui ele até a frente da casa, meus olhos ficaram muito abismados com tamanha beleza, entrei na mansão e todos estavam a minha espera. Um homem se aproxima de mim e aperta a minha
Mão

- muito prazer Gabriel, me chamo Pedro Magalhães- falou ele sorrindo para mim

Logo que ele saiu, se aproximou um garoto que me parecia muito familiar

- oi, eu sou o Manuel. Aquele que está ali atrás com a cara fechada, é o meu irmão Samuel- falou ele apontando para um garoto lindo que estava na escada de braços cruzados

Manuel tinha alguns detalhes diferentes de Samuel, os olhos de Manuel eram verdes e o de Samuel era um azul meio esverdeado, de resto tudo parecia igual. No sofá tinha uma mulher sentada, também de cara fechada e braços cruzados

- aquela que está sentada, é a minha mãe adotiva Magda- falou Manuel me apresentando a mulher

Dei um sorriso para ela que ignorou completamente virando o rosto

- Gabriel, vamos. Vou te levar até seu dormitório - falou o senhor Magalhães me estendendo a mão

Resolvi ignorar a mão dele, começamos a subir as escadas. O senhor Magalhães para enfrente a uma porta branca

- pode abrir- falou ele me dando espaço

Abri a porta, e quase que eu desmaio com a beleza do quarto

- fiquei à vontade, a nossa casa é a sua casa - falou ele fechando a porta e saindo

Corri meus olhos pelo quarto, notei uma imensa cama no meio. Na parede em frente a cama tinha uma televisão enorme, andei pelo quarto e em uma porta tinha um closet que estava totalmente vazio, para que pudesse colocar as minhas roupas, não me fiz de rogado, retirei as roupas da mala e comecei a guarda-las dobradinhas.

Nesse momento me deu uma certa fome, olhei no relógio do meu celular velhinho que estava usando a três anos, marcava duas horas da tarde.

Nesse momento alguém bate na porta, pedi para que entrasse e logo noto que se tratava de Manuel

- oi Manu, posso te ajudar em algo ?- perguntei sorrindo

Desde que eu cheguei Manuel não tirou os olhos de mim, estava me incomodando, mas confesso que de algum jeito estava gostando

- meu pai pediu para te avisar que o almoço esta pronto - falou ele sorrindo lindamente

- já estou descendo - falei sorrindo ainda mais

Ele fecha a porta, terminei de guardar as últimas peças de roupa, desci as escadas e chagando na sala me deu uma pequena sede, caminhei em direção ao local onde esperava ser a cozinha, que por sorte era, ao chegar no local avistei a dona Magda conversando com um dos empregados.

- mais senhora, eu já limpei direitinho - falou a empregada a qual eu ainda não conhecia

- ainda está sujo- falou a senhora Magda empurrando o balde de água suja, fazendo molhar o chão inteiro

A senhora Magalhães se retira da cozinha, me abaixei em frente à mulher que estava secando a água

- você quer ajuda ?- perguntei olhando para ela

- senhor Gabriel, não se preocupe eu posso limpar - falou ela torcendo o pano no balde

Peguei um outro pano que estava dentro do balde, e a ajudei a terminar de secar

- senhor Gabriel, não precisava, mas  agradeço pela ajuda- falou ela sorrindo para mim

- pode me chamar apenas de Gabriel, e você como se chama ?- perguntei franzindo o cenho

- me chamo valquíria, mas pode me chamar apenas de val- falou ele olhando para o chão branco

- você sabe onde está a minha mãe Val ?- perguntei colocando o meu dedo em meu próprio queixo

- a sua mãe está dando faxina no andar de cima. Mas depois você vai vê-la, vá agora para a mesa, antes que sintam à sua falta- falou ela me empurrando levemente

Aqui, alguém sentir a minha falta e bem difícil, mas resolvi ir para a mesa, chagando no local me sentei junto com a família que já estava toda ali, nesse momento Magda e Samuel se levantam

- para onde vocês vão ?- perguntou o senhor Magalhães levantando a sobrancelha

- perdi a fome- falou a dona Magda sendo seguida pelo filho

- não liga para eles Gabriel, o Samuel aprendeu com a Magda a ser mesquinho desse jeito. Mas logo você vai gostar deles - falou o senhor Magalhães sorrindo para mim

A Val começa a colocar a mesa, começamos a nos servir, confesso que estava com um pouco de vergonha, mais não deixei que transparecesse isso.

O filho da nossa empregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora