O filho da nossa empregada

Capítulo: 22

Gabriel Narrando

2 DIAS DEPOIS

Haviam se passado dois dias que havia salvado Samuel daquele prédio, eu liguei para o manu e pedi para que ele avisasse o senhor Pedro, por que Samuel não queria voltar para a mansão de jeito nenhum. Estava em meu quarto na casa de meu pai, acabava de despertar de um sono muito bom. Levantei da cama e segui para o banheiro assim que sai dei de cara com Samuel já acordado

- Sam, você tem que voltar para a mansão hoje - falei encarando seus olhos sonolentos

- não quero, eu quero ficar pertinho de você - falou ele fazendo cara  de cachorro que caiu da mudança

- eu também vou voltar hoje, a minha mãe me mandou mensagem ontem avisando - falei me aproximando dele

Dei um beijo de bom dia como sempre fazia, desci as escadas e meu pai já estava acordado fazendo o café da manhã

- bom dia pai - falei sorrindo e me sentando na cadeira

- bom dia, está tão animado assim por que ?- perguntou ele levantando a sombrancelha

-ahh sei lá, hoje vou ter que voltar para a mansão, e quero reencontrar algumas pessoas - falei sorrindo para ele

Estava realmente morrendo de saudades de falar com Átila, e também conversar com o manu. Logo Samuel desce as escadas esfregando os olhos

- bom dia sogro - falou ele se aproximando de onde estava sentado

- bom dia, espero que você cuide do meu menino naquela mansão, se algo acontecer com ele eu arranco as suas bolas - falou meu pai dando uma leve risada

- relaxa ai sogrão, nada vai acontecer com ele - falou ele se sentando na cadeira ao meu lado

Meu pai coloca o restante das coisas do café sobre a mesa, começamos a comer e logo terminamos, caminhamos em direção ao sofá e nos sentamos

- pai, o senhor já arrumou algum namoradinho ?- perguntei encarando meu pai que estava do meu lado esquerdo

- ainda não meu filho, está realmente difícil - falou ele olhando para o nada

- logo isso vai acontecer - falei sorrindo

Escuto meu celular apitar, peguei o mesmo dentro do bolso e havia uma mensagem de Vanessa

Mensagem 📄📄

Vanessa- amigo, hoje eu não tenho nada para fazer, e o Felipe também não tem, nos queríamos ir na mansão te visitar, podemos ?

Olhei para Samuel, e levantei a sombrancelha

- Sam, será que o seu pai deixaria uns amigos meus irem me visitar ?- perguntei encarando ele

- não sei, nos vamos chegar depois das duas, fale para eles chegarem lá em casa pelas quatro, aí vai dar tempo de você falar com meu pai - falou ele passando um de seus braços por mim

Voltei os olhos pra o celular e comecei a digitar a mensagem

- amiga, eu só vou estar lá depois das três, umas 15:30 você sai da sua casa, quando estiver saindo me avise

Vanessa- pode deixar viado, eu espero que você tenha muita fofoca para me contar

- fofoca, talvez não. Mas novidades tenho algumas

Vanessa- já estou ansiosa

📄📄 Mensagem

Encerrei as mensagens, e ficamos sem ter o que fazer, quando deu duas horas, escutamos uma buzina do lado de fora, sabia que Bernardo havia acabado de chegar, já havíamos arrumado as coisas que trouxemos, me despedi de meu pai e segui para a limusine, entrei no carro e logo saímos dali, depois de alguns quilômetros chegamos na mansão, Bernardo estaciona o carro na garagem, desci com toda a coragem do mundo, entrei na mansão acompanhado de Samuel, logo sou recebido por minha mãe que veio me abraçar

- como você está ?- perguntou ela finalmente me soltando

- estou bem mãe, e a senhora como está ?- perguntei sorrindo para ela

- estou bem meu filho, e Samuel. Eu também estou feliz por te ver bem, eu achei que iria ter que fazer o Manuel se apaixonar pelo biel - falou minha mãe colocamos a mão na cabeça

- mãe, por favor- falei ficando totalmente envergonhado

- o Biel e só meu, e de mais ninguém - falou Samuel me abraçando forte

Logo vejo Manuel aparecendo na sala

- ai que bom, vocês estão vivos. Samuel eu vou te matar, e te ressuscitar para matar de novo- falou ele dando um leve murro no ombro do irmão

- você sabe que as vezes eu sou meio dramático- falou Samuel gargalhando

A dona Magda passa por nós e acaba cochichando alguma coisa , que por sorte eu havia escutado

- afff, já chegou o pobretão- falou ele seguindo para a cozinha

- não se atreva a sair dessa casa de novo, se meu irmão morrer por sua culpa eu rasgo o seu pescoço- falou Manuel apontando o dedo para mim

- meu gzuis, hoje todo mundo acordou possessivo- falei passando a mão em meu pescoço

Todo gargalharam, e logo aparece o senhor Pedro,seguido de José que ainda estava ali para me atormentar

- aí que bom que você voltou, essa casa parecia um funeral de tão quieta - falou o senhor Pedro me abraçando

- bem vindo de volta- falou José apenas acenando com a mão

Depois de cumprimentar todos, segui para o meu quarto e depósitei minha mala em minha cama

- aí que bom você apareceu - falou Átila pela entrada de ar

- oi Átila, o que você fez enquanto eu estive fora ?- perguntei olhando em direção a entrada de ar

- eu conversei com o Manuel- falou ele me surpreendendo

- como assim ?- perguntei colocando a mão no coração

- tipo, a gente já conversava quando ele era criança, desculpe não ter te falado, acabei descobrindo que ele também era apaixonado por mim,mas ele já não sente a mesma coisa a anos - falou ele me encarando

- relaxe e espere, eu sei que ele vai te corresponder, o Manuel as vezes é um pouco cabeça dura- falei dando uma leve gargalhada

- espero que não demore, não aguento mais ficar nesse sótão sozinho - falou ele sorrindo levemente

- logo as coisas vão melhorar Átila, disso eu tenho certeza- falei olhando para o nada.