𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2

6- In home

                                         S/n:

Acordei com Ed me cutucando.

— O que foi pirralho? — perguntei.

— Cadê Pedro e Lúcia? — perguntou.

— Era só o que faltava.

Me levantei e realmente não estavam ali. Fui acordar Susana enquanto Ed acordava Trumpkin.

— Susana. — falei enquanto mexia nela.

— O que? — perguntou.

— Lúcia e Pedro sumiram. Temos que encontrá-los.

Pegamos nossas coisas e fomos andando para onde nosso coração mandava. Não fazíamos a menor ideia de onde eles tinham se metido.

— Parem! — escutamos um grito.

— É Lúcia. — disse Susana e foi correndo para o lugar de onde o som veio.

Fomos atrás e realmente encontramos ele.

— Pedro! — falei assim que chegamos. Eu quase gritei de felicidade quando vi os narnianos. Finalmente estou em casa.

— Grande Rei Pedro? — perguntou o rapaz que estava com a espada de Pedro (creio que seja o príncipe Caspian).

— Eu creio que nos chamou. — disse Pedro.

— Chamei, mas, pensei que fosse mais velho. — disse Caspian.

— Se preferir, podemos voltar daqui uns anos. — disse Pedro.

— Não, não é isso. É que não são bem o que eu esperava. — disse ele e fitou Susana. Olhei para Lúcia e ela estava segurando o riso.

— Vocês também não são. — disse Ed.

— Um inimigo comum une até os inimigos mais antigos. — disse um texugo.

— Aguardávamos ansiosamente o seu retorno soberano. — disse um ratinho. Tão fofinho. — Nossos corações e espadas estão a seu dispor.

— Olha só, ele é tão fofinho. — disse Lúcia.

— Quem disse isso? — perguntou o ratinho e tirou sua espada.

— Me desculpa. — disse Lúcia.

— Ah, majestade, com todo o respeito, eu acredito que glorioso, garboso ou galã seriam adjetivos melhores para um cavalheiro de Nárnia. — disse ele.

— Bem, pelo menos alguns sabem empunhar uma espada. — disse Pedro, provavelmente como uma indireta para Caspian, já que ele fez uma cara feia.

— Certamente. E há pouco tempo consegui juntar umas armas para o seu exército, senhor. — disse o ratinho.

— Ótimo, porque precisaremos de todas as armas. — disse Pedro.

— Sendo assim, é provável que queira a sua de volta. — disse Caspian e Pedro pegou a espada.

Pude perceber que esses dois vão fazer de tudo para estar um por cima do outro.

Pedro tem um ego enorme e isso é ruim, em alguns pontos claro. Não conheço esse Caspian mas dá pra notar que também não é alguém que gosta de ser mandado.

Nos levaram à uma enorme fortaleza, se é que assim posso dizer. Pedro não trocou uma palavra comigo mas eu sei que está apenas esperando um momento oportuno para se desculpar.

Entramos lá e era totalmente inexplicável o que senti.

Talvez eu estivesse parecendo uma criança ao ganhar um presente, mas eu desejei tanto estar aqui.

Deixei os outros conversando e fui conhecer melhor aquele lugar.

Quase todos estavam trabalhando e pelo menos a metade estava sorrindo.

Entrei em um túnel onde tinha coisas nas paredes. Eram desenhos de nós.

— Pedro, é melhor ver isso. — falei e todos que estavam com ele vieram.

Os desenhos eram tão antigos quanto as ruínas de Cair Paravel.

— Somos nós. — disse Susana.

— Que lugar é esse? — perguntou Lúcia.

— Vocês não sabem? — perguntou Caspian. — Venham.

O seguimos e todas as paredes tinham desenhos.

Senhor Tumnus, os castores e até eu.

Caspian iluminou o local e estávamos de frente à Mesa de Pedra.

Todos nos encaramos porque provavelmente sentíamos a mesma coisa. Não se pode explicar a sensação de estar ali.

Caminhamos para mais perto e paramos.

— Aslan deve saber o que faz. — disse Lúcia.

— Acho que cabe a nós agora. — disse Pedro.

Eu estava feliz demais para repreender Pedro, então deixei passar. E também não quero brigar toda hora com ele, de qualquer forma é meu namorado.

Ficamos mais um tempo ali apenas lembrando da Idade do Ouro.

Lembranças as vezes podem doer mais do que o futuro.

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Essa parada do futuro doer mais que uma lembrança é forte, quem leu The Last Battle (A Última Batalha) sabe.

Já clicou na estrelinha darling?

Plágio é crime 🚨