15- Por Aslan

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Bem, meu primeiro contato com Miraz não foi dos melhores. Na verdade, olhar em seus olhos me deu vontade de matá-lo com minhas próprias mãos.

Ambos estavam cara a cara agora. Eu conseguia escutar as batidas do meu coração.

Novamente aquele barulho de aço se batendo. Aquilo me dava arrepios.

Uma clássica luta barulhenta. Pedro parecia estar ganhando. Até Miraz derruba-lo no chão e pisar em seu braço. Pedro usou suas pernas para inverter o jogo.

Caspian e Susana retornaram da floresta.

— Cadê a Lúcia? — Perguntei.

— Ela o encontrará. — Susana disse.

— Eu sei. — Respondi.

Pedro estava vindo até nós. Seu cabelo estava molhado de suor.

— Lúcia? — Ele perguntou.

— Ela passou... Com uma pequena ajuda. — Susana respondeu enquanto se referia a Caspian.

— Obrigado. — Pedro disse.

— Você estava ocupado. — Caspian respondeu.

— É melhor subirem lá. Por precaução. Não acredito que os telmarinos cumpram a palavra. — Pedro mandou. Susana foi abraçá-lo e aquilo doeu em Pedro.

— Me desculpe. — Ela disse.

— Tá tudo bem.

— Tenha cuidado.

— Continuem sorrindo. — Ed falou. Não tem como não rir com os comentários abobados desse pirralho.

Pedro olhou para a multidão atrás de nós e sorriu. Eles vibraram.

Susana foi correndo para o lugar onde os arqueiros estavam.

— Sente-se Pedro. — Falei e apontei para uma rocha ao seu lado.

Ele me obedeceu e eu fui tirar o escudo que estava preso em seu braço. Ele murmurou com a dor que sentiu.

— Acho que desloquei. — Ele disse.

— Deixe que eu cuido disso. — Ed disse e me expulsou do meu lugar. Parecia estar tentando localizar onde o osso havia deslocado.

— O que acontecerá em casa se você morrer aqui? — Pedro perguntou choramingando. — Vocês sabem que sempre me apoiaram e eu nunca... Au! — Ele dizia até Ed empurrar seu ombro de volta para o lugar.

— Deixa pra depois. — Ed disse.

— Uau, isso doeu. — Eu falei e Pedro olhou para mim.

Pedro pegou sua espada e seu escudo. A luta continuou. Eu não soube identificar quem estava pior.

A fúria começou a percorrer as minhas veias. De repente minha mão já estava no cabo da minha espada. Não podia ver Pedro morrer daquela forma.

Mas ele não foi nomeado "Grande Rei" atoa. Em um instante Miraz já estava caído de joelhos de frente à Pedro.

— Não é hora para cavalheirismo Pedro! — Ed gritou. Eu amo muito esse pirralho.

Ed quase nunca esteve errado depois da última vez em que estivemos aqui, porque assim que Pedro virou de costas Miraz se levantou e tentou matar o meu loirinho.

— Cuidado Pedro! — Gritei antes que fosse tarde demais.

Ele se virou, puxou a espada das mãos de Miraz e cravou na sua barriga. Confesso que eu não esperava por isso.

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2Where stories live. Discover now