Capítulo 17.2

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Noah

Acordei todo suado, sentindo um calor grande que envolvia meu corpo inteiro. Era Hannah me abraçando e a lareira que ainda continuava ligada, fogo baixo, mas ainda ligado. Em algum momento da noite, Hannah deve ter pegado o cobertor branco que agora nos cobria. Me virei reparando no seu rosto calmo, sem nenhum estresse no rosto, nenhum medo, nada que a pudesse tirar o sorriso do rosto.

Tirei o cabelo do seu rosto e coloquei para trás, ajeitei seu edredom para cobrir seu peito nu, coloquei minha mão na sua barriga e senti uma paz imensa ao entrar em contato com o volume mínimo que a barriga dela fazia.

A casa estava toda escura, lembro de me levantar no meio da noite e fechar pelo controle da casa, todas as janelas, cortinas e portas, bloqueando até mesmo elevador só para ter certeza.

Eu a amava tanto. Como eu podia amar alguém tanto assim era uma incógnita, mas eu não me importava de saber como, amava a amar também e a amaria até eu morrer, além disso.

Tão linda com essas sardas cinzas pela bochecha e pelo nariz, salpicando todo seu rosto formando constelações únicas, o cabelo ondulado grande que batia no meio da cintura, era tão lindo, tão preto, tão vivo. Espero que o nosso bebê puxe a sua beleza.

Hannah abriu os olhos devagar e ficou forçando os olhos a enxergar, rocei minha mão de leve na sua barriga para que ela saiba que a minha mão descansava lá. Ela não conseguiu abrir os olhos totalmente, ficou com eles franzidos para forçar a própria visão a me enxergar.

- Que horas são? - Ela perguntou chegando mais perto de mim, enfiando seu rosto no meu peito, eu a abracei com a mão que descansava na sua barriga.

- Umas 6 da manhã - Informei minha esposa que me abraçou também.

- Você está suado e fedendo - Ela disse me fazendo rir.

- Já vou levantar e tomar banho.

Ela se agarrou em mim, realmente me apertou em seus braços.

- Não, não quero acordar ainda. Vamos dormir mais um pouco - Ela disse.

- Então vira - Informei para que ela virasse do outro lado, e ela fez, aproximando sua bunda bem da minha virilha e se aconchegou toda perto de mim. Passei a mão pela sua barriga novamente e abracei a trazendo toda para mim. Dei um beijo em seu pescoço e fechei meus olhos pronto para dormir e tirar uma soneca.

Quando acordei de novo era meio-dia, e Hannah continuava dormindo. A nossa médica tinha avisado que seria normal Hannah sentir muito sono e ficar muito cansada. Ao invés de acordá-la, ajustei o termostato do primeiro andar, a lareira já tinha se desligado, a peguei nos meus braços enquanto dormia calmamente e a carreguei pelas escadas.

- Noah? - Ela me chamou e eu a olhei, os olhos minimamente abertos, ela se aconchegando num braço só.

- Vou levar você para o quarto, vou trabalhar de casa hoje.

- Que horas são?

- Cedo, não se preocupe.

Era uma mentirinha do bem.

A carreguei até a cama, onde coloquei ela deitada do lado dela e deixei com que seu corpo se ajeitasse de um jeito confortável para ela dormir e relaxar.

Beijei sua testa e me dirigi ao nosso banheiro do lado do closet, entrei no chuveiro no mesmo momento, estava sem roupa mesmo. Lavei meu cabelo com aqueles shampoos caros que Hannah jura que deixou meu cabelo com um brilho novo e mais macio. Logo depois o condicionador, então me ensaboei e me enxuguei logo depois.

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