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Ana

Bebo mais um gole do meu café, preciso trabalhar, voltar a minha rotina. Planejar festas, casamentos e outros eventos, essa é realmente a minha praia.

Amo trabalhar com eventos, mas também amo a minha vida na máfia, não era para mim gostar tanto assim, mas é o que é, e não posso mudar isso. Decidir que queria ser produtora quando eu tinha 17 anos, e seguir em frente. Nate aparece mancando.

"Não era para você está deitado?". Pergunto preocupada, os curativos em seus tornozelos parecem está vermelho, espero que não estejam sangrando.

"Você ficaria deitada?". Dou de ombros.

"Me dê um bom livro, e eu ficaria numa boa". E era a verdade. Nate riu e se sentou ao meu lado.

"O senhor vai querer seu café?". Suzan pergunta. Avalio as torradas em cima da mesa, ao lado delas há um pote de manteiga de amendoim. Eca. Tampo meu nariz disfarçadamente.

"Só um café Suzan". Ele diz, mas o olhar dele encontra o meu e ele me avalia.

"Tá tudo bem?". Aponto para a manteiga. Nate riu novamente e chamou Suzan.

"Retire a manteiga de amendoim, a Ana não gosta". Arregalo os olhos. Suzan me olha com uma sobrancelha levantada.

"Não gosta?". Ela me pergunta.

"Não gosto de amendoim". Dou de ombros. Nunca tinha dito isso a ela por educação, mas ela passou uma semana me dando sanduíches com amendoim, e já que Nate tocou no assunto… Suzan se espanta.

"Ai meu Deus, me desculpa, eu não sabia". Sorri, gosto muito dela, ela é muito atenciosa.

"Tá tudo bem".

"O que fez então com os sanduíches?". Ela me pergunta.

"Quando eu ia para a empresa, sempre encontrava alguém, um mendigo, ou uma criança pedindo ajuda, então eu dava". Teve uma criança que até chegou a chorar quando dei o sanduíche, aquilo me partiu totalmente. Nate me olhou atentamente.

"Que bom". Suzan sorriu e saiu.
Ok, eu conseguiria fazer isso.

"Eu vou procurar um apartamento". Nate não reagiu, ficou parado observando sua xícara, e isso está me dando nos nervos, nada? Nenhuma reação?

Depois que vi as fotos rasgadas em cima de sua mesa, percebi que ele está zangado, provavelmente nem irá me perdoar. Você saiu e deixou ele totalmente sozinho depois dele te pedir para ficar. Meu subconsciente me lembra. Maldição.

"Claro". Ele diz depois de um tempo. Então é isso.

"Eu vou para meu quarto". Nate se levantou e seguiu escada acima. Sua frieza não me incomodou, o que me deixou triste foi a forma como olhou para mim.

"O que está fazendo?". Allie inclinou seu corpo em cima da minha mesa para ver o que estou fazendo no meu notebook, os olhos dela se arregalaram quando viu o que tinha na tela.

"É o meu casamento?". Ela pergunta. Assenti, Allie vinha me falando do casamento de seus sonhos a anos, tudo o que tive que fazer, era reunir as ideias e voilá, um casamento no estilo Allyson Connelly.

"Você fez o projeto do meu casamento?".

"Essa sua surpresa me incomoda". Digo cruzando os braços. Ela jogou os braços em cima de mim, e me abraçou forte.

"Ah Ana, está tão perfeito". Ela enxuga seus olhos e continua olhando para o projeto. Adam entrou no meu escritório carregado de flores.

"Vai vender flores agora?". Pergunto. Ele sorri por cima das flores.

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