Um.

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NOTAS

oi! essa história é muito querida para mim. planejo e escrevo ela há anos e, inclusive, o projeto inicial era que fosse uma história original (com sorte, um dia faço isso) mas, levando em conta minha própria trajetória no mundinho da escrita e fanfics, nada mais justo do que contar ela para vocês em forma de fanfic de amor doce. entretanto, caso você tenha vindo por conta da tag "original", te peço para dar uma chance; tirando o nome e as características físicas, muitas coisas são diferentes do jogo e, até cenas que aparecem em amor doce, eu coloquei e escrevi com minha própria releitura então dá para ler como se fosse uma história original (por isso a tag) :D.

3AM já está postada até o capítulo 12 no spirit, porém, afim de tentar atrair mais leimores, decidi trazer ela para cá também. enquanto os capítulos que tenho escritos não acabam, vou atualizar duas vezes por semana (quinta e domingo, acho) e, quando alcançar os capítulos atuais eu geralmente vou atualizar uma vez por semana ou uma vez a cada 15 dias. 

espero do fundo do coração que gostem!! críticas construtivas são sempre bem-vindas e peço que perdoem qualquer erro. boa leitura <3

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Era uma terça-feira como qualquer outra quando as coisas começaram a mudar.

A princípio, o dia tinha começado igual: olhei para o relógio e arregalei os olhos. Eu ia acabar me atrasando de novo.

— Merda — praguejei, soltando o pente na bancada da pia do banheiro e prendendo meu cabelo de qualquer jeito com um prendedor preto. Pensei no quão mais fácil minha vida seria se meu cabelo pelo menos não embaraçasse em um piscar de olhos enquanto saia do banheiro.

Uma das coisas que eu gostava no meu colégio é que, diferente da maioria dos colégios da França, nós tínhamos um uniforme. Não era como os uniformes dos internatos do país onde meninas usavam saias e os meninos calças cáqui: na Sweet Amoris era apenas a blusa, mas os alunos tinham que usar calça jeans. Isso facilitava muito porque além de não precisar acordar cedo para escolher algo diferente todo dia, eu não precisava gastar dinheiro comprando milhares de roupas, parte para usar na escola e parte para usar no dia a dia.

A blusa do uniforme era simples: toda branca e com o símbolo do colégio bordado em azul do lado esquerdo do peito. Os detalhes eram em azul claro. Coloquei o moletom que usava todo dia, peguei minha mochila e saí do quarto.

— Hoje você conseguiu bater o recorde de sair com quinze minutos de antecedência. — disse minha mãe, Lucia, da mesa da cozinha. Ela estendeu meu almoço enrolado no papel filme em uma mão e na outra uma caixinha de suco para eu ir tomando no caminho. Aceitei os dois, colocando o sanduíche na bolsa da frente da minha mochila e abrindo o suco em seguida.

— Amanhã com sorte consigo sair em vinte. — respondi, dando um beijo de despedida na sua bochecha antes de pegar a chave e desaparecer pela porta da frente.

Após a morte dos meus avós maternos quando criança, eu passei a viver apenas com a minha mãe. Durante alguns anos nós vivemos na mesma casa em que cresci, no interior do Brasil, porém, mesmo tendo evitado voltar à França desde que meu pai a abandonara — grávida de mim aos 16 anos e em um país diferente do seu, diga-se de passagem —, ela sabia que poderia me dar um futuro melhor caso vivêssemos no país do meu pai.

Pelo menos o bastardo havia me registrado e garantido minha dupla nacionalidade: brasileira e francesa. Para alguma coisa ele tinha que servir, certo?

Estava no auge dos meus 13 anos quando cheguei a Vellares, uma cidadezinha ao sul de Paris, e lembro que, principalmente os primeiros meses, foram um choque. Apesar de termos chegado durante o período de férias, eu ainda não me se acostumado completamente com a nova vida e ambiente quando as aulas começaram. Felizmente, não tive tanto problema com o idioma, já que mamãe fazia questão de conversar comigo em francês desde que eu era bebê, tanto para eu crescer sabendo quanto para ela não esquecer a língua que havia aprendido durante seu intercâmbio.

3AM | Amor DoceWhere stories live. Discover now