Oito.

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— Então, — Rosa começou, uma vez que todos nós já estávamos na van da 3AM. Castiel tinha saído na frente, sua moto preta sumindo no fim da rua. — qual vai ser a coletânea dessa festa? Espero que não seja só rock.

Alexy gargalhou.

— Como se eu fosse deixar Castiel monopolizar desse jeito a playlist! — exclamou o garoto. — A gente fez uma playlist colaborativa, todos os convidados podem colocar músicas.

Os olhos da minha amiga brilharam e ela abriu um sorriso animado.

— Ah, que legal! Me mostra aí para eu poder colocar alguma coisa também. — ela tirou seu celular do bolso e estendeu para Alexy, que estava no banco da frente.

— Animada para a festa? — a voz calma de Lysandre soou no meu ouvido, quase me fazendo pular de susto por não estar esperando. Sorri para ele e dei de ombros, me concentrando na nossa pequena bolha de conversa.

— Não sei. — disse. — Sem querer ser "aquela garota" que se acha como a diferentona, mas não sou muito fã de festas.

Ri um pouco do meu comentário e Lysandre se juntou a mim, seu olhar sempre gentil.

— Interagir e ter muitas pessoas ao meu redor depois de um tempo vira meio sufocante. — conclui, o platinado fazendo um barulho de entendimento com a garganta.

— Entendi. Mas pode ficar tranquila, não vão ter tantas pessoas assim. — o sorriso de Lysandre era tranquilo. — E se por acaso você precisar, sempre pode se esconder um pouco em um dos nossos quartos ou chamar Armin para jogar videogame. Ele largaria tudo por uma partida de GTA.

Gargalhei com o comentário, o ar divertido de Lysandre me contagiando. O agradeci, sabendo que ele estava tentando me deixar mais confortável após minha confissão e eu apreciava isso. Na verdade, desde que o conheci, para mim Lysandre representava tranquilidade e paz; não era de se surpreender que os meninos falassem sobre ele ser o pai e a âncora do grupo.

Alguns minutos se passaram com conversas paralelas e expectativas sendo compartilhadas sobre a noite até que Armin começasse a diminuir a velocidade do carro para parar em frente a casa de Lysandre e Leigh. Olhando pela janela, pude ver que tinham algumas luzes parecidas com as de Natal penduradas na entrada da varanda.

— Para quê as luzes de Natal se ainda estamos no começo de outubro? — perguntei, franzindo as sobrancelhas. Armin riu no banco da frente antes de desligar o carro e tirar a chave da ignição.

— Boa pergunta, cortesia de Priya. — o garoto respondeu, abrindo a porta do motorista para sair, fazendo todos do carro o imitar. — E falando no diabo...

A garota — que tinha decidido voltar com Castiel na moto para a van ir menos lotada — saiu pela porta da frente assim que pulei para fora do banco de trás, nos estendendo uma caixinha com chapéus pontudos. Ergui uma sobrancelha.

— Não é uma festa de aniversário, Priya. — Armin disse, pegando um que era cheio de bolinhas amarelas. Priya fez uma careta para ele e continuou entregando o resto dos acessórios para nós.

— Eu sei, mas seria muito legal se a gente entrasse em clima festivo de verdade. — respondeu, apontando para o próprio chapeuzinho que descansava orgulhosamente no topo de seus grandes cabelos castanhos.

— Achei fofinho. — eu disse, chegando a essa conclusão depois de escolher um que tinha desenho de gatinho. — Vou colocar.

— 'Tá vendo? — Priya apontou para mim enquanto encarava Armin, fazendo o garoto grunhir e colocar o seu. A morena se virou para mim e piscou um dos olhos antes de virar sua atenção para uma Rosalya extremamente entusiasmada com as opções de cores.

3AM | Amor DoceWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu