Sentimentos Silenciosos

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Atenção: Este capítulo é um bônus na visão de outro 'casal da história (não larry). Contém sexo explícito, mais especificamente com vaginas, mais de uma na verdade - porque nem tudo é pau rs - se não gosta, não leia.

Capítulo editado, revisado e avaliado por: dayandrann

















- Temos duas opções. – Ela disse com um sorriso pequeno brincando nos cantos de seus lábios cheios, inclinando-se sobre o balcão, cruzando os braços sobre ele. – Algo saudável com muitas verduras e vegetais cozidos ou eu posso preparar um mixer de queijos e outros frios que seriam muito bem aproveitados com vinho.

Taylor riu, erguendo uma sobrancelha quando deslizou em um dos assentos do balcão, ficando a centímetros de distância da ômega e seus brilhantes olhos negros.

- Eu acho que a segunda opção me é mais atrativa hoje.

- É uma excelente escolha. – Hellen piscou para ela, dando a volta pela cozinha pequena para começar a verificar os ingredientes. A loura permaneceu em seu lugar, o rosto apoiado em sua mão ao que mantinha um cotovelo flexionado no balcão, sorrindo a todo momento enquanto a assistia.

Ela estava familiarizada com o local. Já havia acompanhado Hellen até sua casa ao menos três vezes antes, onde sempre fora convidada para entrar e comer algo, o que acabou se tornando alguma coisa ao que as duas tendiam a acabar juntas sobre o sofá do pequeno apartamento em que a ômega mais velha vivia com seu filhote, assistindo algum programa de TV ou animações com Ron.

E, claro, Taylor aprendeu a gostar excessivamente dos filmes de Harry Potter, em especial o terceiro. E um filhote sorridente e talvez muito maduro para sua pouca idade, tal como sua mãe e seus olhos inteligentes e sorriso bonito, tinham total responsabilidade quanto a isso.

Taylor nunca fora tão desejosa por esse ambiente familiar antes. Ela nunca se viu compartilhando risadas diante de alguma cena boba de animação infantil, sentada junto a uma pessoa que significasse algo grande para si, e, principalmente, com filhotes ao seu redor.

Ela nunca sonhou em casar ou ter filhotes. Gostava de se imaginar ocupada com as linhas bem sucedidas de sua marca, viajando por diversos países em busca de inspiração artística para suas coleções, sem preocupar-se com um relacionamento estável ou a responsabilidade gigante que surge com a chegada de um filhote.

Esse fora um dos motivos pelo qual sempre desconfiou de que seus pais, sendo tão conservadores e integrados em uma classe econômica bem estruturada, não levaram tanto tempo para absorver sua sexualidade quando ela decidiu que queria contá-los, sem qualquer motivo em especial, apenas para expor sobre aquele traço ao seu respeito.

Talvez seus pais não se preocupassem sobre sua bissexualidade ao que sempre tiveram conhecimento de que ela não fosse chegar sequer perto de qualquer tipo de relacionamento que os envolvessem de alguma forma, especialmente publicamente. Eles não teriam que responder perguntas de amigos igualmente renomados no ramo artístico a respeito da mulher ou homem ômega de mãos dadas com Taylor em algum evento importante do qual decidisse comparecer acompanhada.

Não que ela se preocupasse com isso, afinal, nunca pensou verdadeiramente em ingressar em um relacionamento estável com alguém e não sabia se estava pronta para o fazer agora. Sempre gostou de pequenos casos aqui ou ali, com fins estritamente sexuais que não poderiam se exceder por mais que, talvez, quatro meses. Ela gostava de sexo e todo o resto sobre tocar e ser tocada por alguém quando houvesse algum desejo. Mas relacionamento sério? Nunca lhe foi alvo de desejo.

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