• Prólogo •

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"Eu sou a garota por quem você morreria
Eu vou te mastigar e te cuspir
Porque é disso que o amor jovem se trata
Então me puxe para perto e me beije com força
Eu vou estourar seu coração de chiclete" - Song: bubblegum bitch.

- Narradora -

Cabelos cacheados esvoaçantes, olhos castanhos escuros carregados de mistério. Coluna ereta, andar firme, cabeça erguida e um sorriso presunçoso nos perfeitos lábios carnudos, cobertos por um gloss.

Any Gabrielly.

Sempre notada por seu jeito bruto, por exalar autoconfiança, quebrar corações, tirar suspiros de alguns, ou pelo belo corpo no uniforme escolar.

- oi amor - sorriu Sav assim que Any se aproximou.

- meu bem, vamos pra casa. Pelo amor de Deus - murmurou impaciente.

- beleza, já vamos - disse Sav guardando os livros.

Any por sua vez se posicionou para abri seu armário, donde caiu uma carta relativamente grande e amassada.

- mas que diabos é isso? - se abaixou e apanhou o papel.

- que fofo, você recebeu uma cartinha de amor - Sav sorriu.

- eww - disse com cara de nojo e abriu o envelope, lendo o que estava escrito.

- Gaby, meu amor - um grito foi ouvido do lado de fora da escola.

- que inferno - Any praguejou fechando o armário.

Um buquê de flores, chocolates, um violão, música romântica e Bailey. Uma completa serenata, resumindo o maior pesadelo de Any.

- Bailey, que porra acha que está fazendo? - perguntou ríspida descendo alguns degraus da escada.

- mostrando o quanto te quero de volta, eu te amo Gaby. E não tenho medo de gritar para todos ouvirem - gritou.

- mas deveria - sussurou Sav.

- Any Gabrielly, perante essas pessoas. Que são muitas - riu pelo nariz - quero saber,você aceita ser minha namorada, de novo? - indagou esperançoso.

Todos da escola, que estavam de saída, observavam a cena, a música romântica sendo cantada acompanhada do violão e Bailey ajoelhado segurando uma caixinha com duas alianças, enquanto seu garoto, segurava o buquê de flores e o chocolate.

- e então... O que me diz? Você quer? - perguntou nervoso, enquanto as pessoas o olhavam.

- não, claro que não! Te disse nosso relacionamento não tem volta - disse simples.

- ma-mas, eu comprei chocolates pra ti, e paguei por tudo isso. Achei que poderíamos dar certo -   disse chocado.

- May, não deveria ter gasto seu dinheiro por isso. Nunca demos certo e nem vamos - tirou uma nota de 100 dólares da bolsa.

- toma - colocou no bolso da jaqueta do time de Bailey.

- isso fica comigo - pegou as flores e o chocolate das mãos do garoto.

As pessoas em volta estavam boquiabertas, não é todo dia que um dos quartebacks mais cobiçado do time levava um fora, ainda mais na frente de toda a escola.

Bailey, parecia ter sido atropelado por um caminhão e Noah o capitão do time e amigo do mesmo, assim como as outras pessoas assistiam a humilhação gratuita dele abraçado a sua namorada, mantinha a expressão de: "eu avisei que ia dar merda, mas você não me ouviu, otário".

- o show acabou, saiam daqui, caralho - Sav bateu palmas espantando as pessoas em volta.

- vamos embora - disse Any, andando em direção a seu carro.

- nossa amiga, precisava disso? - indagou Sav chocada.

- claro, tenho meus motivos. O 1° ele colocou um belo de um chifre em mim, quando namorávamos. E o 2° motivo não vem ao caso agora - disse dando partida no carro.

- eu lembro, você disse que se vingaria, mas não imaginei que faria ele se apaixonar por você e humilharia ele gratuitamente. Afinal faz dois anos - disse cheirando as peônias em suas mãos.

- ele me traiu, pisou no meu ego, e gritou para a escola inteira que eu não passava de um casinho, que nunca namoraria uma CDF. Eu nunca deixaria isso passar impune - falou se lembrando do 1° ano do ensino médio.

No qual se comportava de maneira doce e delicada. Também quando era perdidamente apaixonada por Bailey May, ela era apenas uma garota bonita e inocente, que havia cedido aos encantos do popular.

- fico feliz por não ter perdido a virgindade com ele, se não eu me mataria, juro - disse e Sav riu de seu drama.

- desde aquele dia nunca mais se relacionou com ninguém, não sente falta de ter uma pessoa? - indagou Sav e Any engoliu em seco.

- não, estou perfeitamente bem - disse.

- mesmo agindo como uma otária sem sentimentos? - perguntou.

- sim, mesmo assim - respondeu Any.

- já falei que você precisa parar de vestir essa armadura desnecessária - disse firme, mas em nenhum momento Any vacilou em sua postura.

- nunca estive tão bem, não gosto de companhia, Sav. Já tenho você, não preciso de mais nada - falou quebrando o clima um pouco tenso.

- você realmente sabe como sair de situações sérias em grande estilo, Gabrielly - riu e Any negou rindo também.

Any amava a segurança de não estar apaixonada, assim tinha o controle de sua vida. Pelo menos até agora...




 

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤 || 𝐍𝐨𝐚𝐧𝐲Where stories live. Discover now