• nove •

1K 105 48
                                    

"Eu acendo o fósforo para saborear o calor
Eu sempre gostei de brincar com fogo
Brincar com fogo
Eu sempre gostei de brincar com fogo
Eu ando no limite, minha velocidade vai no vermelho" - Song: play with fire.

- Any Gabrielly -

- você não vai a lugar nenhum! - ouvi a voz estridente da minha mãe e olhei pra trás.

- e quem vai me impedir? Você? - debochei cruzando os braços.

- acho que seu pai ficaria decepcionado, por você não fazer o mínimo de esforço para convivermos em paz e que não consegue ficar na mesma casa que eu sem brigar - disse ela e engoli seco.

Esse mês será difícil, muito difícil.

° ° °

Segunda-feira, outra vez.

Odeio as segundas e também odeio a escola.

São 16:30, e ainda tenho que fazer trabalho com Noah, terminei de me arrumar e revisei o material.

O motorista de minha mãe me deixou na porta da enorme casa dos Urrea's, bati na porta e fui atendida por tia Wendy.

- olá querida, que surpresa boa - sorriu abertamente, me abraçando.

- oi tia - me aconcheguei em seu abraço carinhoso.

- vim fazer trabalho com Noah - falei assim que nos afastamos.

- tudo bem, ele está no quarto. Pode subir - avisou e assim fiz, cheguei na frente da porta do quarto, e bati duas vezes.

Dei de cara, com o Urrea, os cabelos levemente bagunçados, sem camisa. Meu olhos percorreram desde o peitoral liso até seu abdômen malhado, seus braços fortes. Tirando o fato, que está sempre tão cheiroso.

Por Deus, ele não é o pedaço de mal caminho, é o mal caminho inteiro.

FOCO GABRIELLY. FOCO!

Rapidamente me recompôs e percebi que o mesmo me encarava.

- posso entrar ou vai ficar atrapalhando a passagem? - falei voltando a minha postura.

- claro - disse abrindo espaço para mim e entrei sentando na beirada de sua cama.

- você é bem abusada, não acha? - indagou arqueando a sobrancelha.

- não, não acho. Agora calado - falei tirando os cadernos da mochila.


- a senhora que manda - levantou as mãos em rendição.


- bom, vamos lá - comecei a explicar sobre o que faríamos.

Minutos se passaram e já estávamos brigando, de novo.

- que diabos está fazendo? - indago chateada.

- escrevendo uma carta para Michele Obama - zombou e fechei a cara - copiando a outra parte do texto - falou óbvio.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤 || 𝐍𝐨𝐚𝐧𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora