Capítulo 31

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Sina pov.

O fim de semana chegou! Graças a nosso Deus pai acabei de preparar a minha mala. Está um pouco exagerada? Talvez. Mas eu eu vou precisar de tudo o que está nela então não tem nada que fazer.

-Chegueiiii. Pronta para curtir este fim de semana? - Joalin diz entrando no quarto e começa a saltar na minha cama que eu acabara de arrumar.

-Eu acabei de arrumar a cama Joalin.-digo de frente para o espelho enquanto prendo o meu cabelo num coque alto.

-A tua sorte é que a tua companheira de casa sou eu e não ela. - Sofya surge na porta ainda de pijama.

-Eu seria uma ótima companheira. - ela para de dar saltos e se senta na cama.

-Não dúvido que serias. - pronta pego no meu telemóvel e no carregador do mesmo e guardo para não me esquecer de os levar.

-De certeza que não queres ir connosco Sofya?

-Eu não posso. Estamos a treinar para aquela apresentação que te contei Sina. Já que falei nisso tens que aparecer lá no estúdio esta semana.

-Eu vou, sem stress. - pego na mala e coloco-a na sala pronta para levar.

-Bom fim de semana coisas chatas. - Sofya nos abraça.

-Só vou estar fora dois dias não sintas saudades. - digo em tom de brincadeira.

-Vou choras rios estes dois dias. - todas rimos.

Quando descemos do apartamento, reparo no carro do Noah estacionado à nossa espera e suspiro automaticamente.
Ele sai do carro acompanhado pela Shivani que corre até nós e nos abraça.

-Que saudades.

-Nós nos vimos ontem na empresa. - declaro desfazendo o abraço.

-Mas a Joalin eu não vejo à um tempo. - engachamos numa conversa nós meninas e nem dirijo uma única palavra ao Noah.

Durante a viagem as meninas adormecem e  como sempre não consigo adormecer. O Noah continua sempre concentrado na estrada e de vez enquando o flagro a olhar na minha direção pelo retovisor.

O clima estava pesado, o que eu já esperava, nunhuma palavra era dita, nenhum som era emitido.

Tento concentrar-me na paisagem, que não era lá aquelas coisas, porque só se vê mato. Já sem opções do que fazer tento procurar os meus fones na minha mochila, e não os encontro.
Reclamo baixo, mas o Noah logo me olha pelo retrovisor.

-Passa-se alguma coisa Sina?-Passa-se sim Noah. A gente não se fala e está um clima de cortar à faca e eu não trousse os meus utensílios de consolação(penso).

-Não, está tudo bem. Será que ainda falta muito para chegarmos?-desvio a conversa.

-Menos de uma hora. - abano a cabeça em resposta.

-Calem-se tem gente a dormir ou a tentar pelo menos. - Delicada como sempre, a Joalin se meche no banco ao meu lado.

-Ai flor, ninguém abre mais a boca.-reclamo.

-Acho bem.-responde Joalin e o Noah solta um riso abafado.

Sem mais nenhuma interação a viagem segue em pleno silêncio.

(Passagem de tempo)

-Tá na hora de acordar belas adormecidas. - praticamente grito e elas acordam todas perdidas.

-O quê? Quem morreu? - Joalin faz graça.

-Eu é que não fui. - saio de carro e vejo o Noah retirar as malas.

Marcas de Sofrimento- NoartWhere stories live. Discover now