𝟬𝟯

787 99 38
                                    

# 𝗦/𝕟 ℂ𝕝𝗶𝗻𝗲 ꒱

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

# 𝗦/𝕟 ℂ𝕝𝗶𝗻𝗲 ꒱ .* ❞.

A minha cabeça dói, e eu tenho quase certeza de que não sinto a ponta dos meus dedos. A claridade é a primeira a me incomodar, quando eu abro os olhos. Demoro alguns segundos para descobrir onde estou, mas mesmo depois disso, não consigo me lembrar de como vim parar aqui. Meu corpo inteiro dói, é como se eu estivesse deitada há muito tempo. Abro a boca para falar, mas o máximo que consigo fazer, é murmurar algumas coisas sem sentido. Viro um pouco a cabeça, e vejo uma mulher parada á alguns metros. Ela parece limpar, o que eu deduzo que seja um tipo de altar. Tem algumas flores, alguns desenhos e alguns porta-retratos.

Assim que se vira, ela parece surpresa. Ela larga tudo no mesmo lugar, e sai correndo porta afora. Eu decido ignorar, e tento concentrar toda a minha atenção em mover as minhas mãos. Obviamente, eu falho e eu sequer sei o motivo. É como se eu soubesse que meu corpo está inteiro, mas ele não responde mais aos meus comandos. A mulher que estava aqui antes, entra e traz consigo um homem. Ele se aproxima de mim, e sorri realmente contente.

- Olá, S/n! - Ele diz. - Consegue falar?

Nego com a cabeça.

- Não se preocupe com isso. - Ele tenta me tranquilizar. - Você deve voltar a falar dentro de algumas horas, e também deve voltar a ter controle sobre o seu corpo. Os sedativos que ingerimos são fortes, e nós não esperávamos que você acordasse agora. Mas, eu estou feliz em ver que você está bem!

- Eu devo ligar pra família, Doutor? - A enfermeira pergunta. O homem se vira pra ela, e faz um sinal pra que ela deixe as coisas onde estão.

- Ligue. - Ele suspirou fundo. - Enquanto isso, vou conversar um pouco com ela.

- Tudo bem. - A enfermeira saiu do quarto.

O doutor puxou uma cadeira para o lado da minha cama, e se sentou. Eu continuei acompanhando ele com os olhos, enquanto via ele anotar algo em seu caderninho.

- Você se lembra do porquê está aqui? - Ele pergunta. Eu nego com a cabeça. - Houve um acidente na 106. Você estava com o seu namorado, o senhor Partridge. Um homem bêbado vinha dirigindo na direção contrária, e ele acabou atropelando vocês dois.

De repente, eu conseguia me lembrar de tudo. Consegui me lembrar de ver o farol chegando cada vez mais perto, de sentir os braços do Louis ao meu redor e da forma como ele disse que tudo ficaria bem. Agora, eu me lembro. Senti uma lágrima solitária descer dos meus olhos, e imediatamente o Doutor se levantou um pouco desconfortável. Essa não era a intenção dele.

- Desculpe... - Ele murmurou. Ele caminhou para a mesinha cheia de desenhos e quadros, e puxou um deles de lá. - Seus amigos sempre trazem uma foto nova. Essa menina vem sempre aqui. - Ele aponta para a Sadie, e eu sorrio de leve. Meu corpo ainda dói muito pra que eu consiga sorrir. - Vou deixar que a sua família te conte as outras coisas... Está sentindo dor?

𝗵𝗲𝗮𝗿𝘁𝗯𝗿𝗼𝗸𝗲𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora