Relatos Espaciais - Por Cosmic_Man

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Classificação : +13

Relatos Espaciais 

Cosmic_Man

09.06.2030

Manhã, Nublado, 14ºC

Coordenadas: 59° 56′N 10° 41′E

Localização: Oslo, Noruega

[Último Relatório]

Meu nome é Øyvind Wilhelmsen Sæther, 32 anos, homem caucasiano, careca, sem barba, olhos castanhos esverdeados, ora esverdeados, outrora castanhos, 1,83m, 80kg. Tenho um filho de nove anos e uma filha de sete, sou casado.

   Retornei há três semanas da Estação Espacial Internacional, passei pelo menos um ano, um mês, nove dias, dezesseis horas, quatro minutos e e trinta e seis segundos vagando pelo espaço, atuando na manutenção de intenso críticos e essenciais, enfrentando a atmosfera inexistente do ambiente sideral. Estive na linha de frente em auxílio do comando para a perfeita execução das missões e atividades espaciais.

   Este não é o último relatório da missão, pois o verdadeiro foi entregue há bastante tempo assim que retornei, ao diretor do laboratório. Este relatório representa apenas o meu fechamento com a volta de toda a missão e o retorno às minha vida. Atualmente trabalho em um projeto pessoalas promissor de uma grande placa universal, que possa abrigar uma estrutura para componentes quânticos, o suficiente para alavancar este setor que é tão buscado no mercado.

   O que me intriga, é ter que voltar e durante tanto tempo, a humanidade sequer ter tomado uma atitude de mudar, o tempo pode passar e eles nunca irão perceber o quão infernal são os teus erros. Eles esperam um dia estar vivenciado o estado nômade novamente, o mesmo estado de quando ainda eram primitivos, segundo as pessoas, um estado baixo e irracional, mas que irá se repetir. As pessoas buscam quererem migrar para outro planeta, enfrentando a autoridade máxima de um corpo massivo feito as estrelas, agindo feito parasitas, por onde passarem, irão consumir e devastar os recursos até chegar ao mesmo ponto de ter que lutar por direitos de preservação, iguais aqui na Terra, a ponto de ter de existir programas que protegem o ambiente. Eles buscam fugir da morte, enfrentar o ciclo natural que jamais podem escapar

   As pessoas podem até contornar o modo de viver no qual nós é oferecido assim que nascemos, tanto naturalmente quanto existencial, buscando fugir da morte, do terror, condenados a viver num ciclo eterno, sem rumo ou retorno, apenas alimentando os teus prazeres de forma subjetiva e precária, tanto em sentimento quanto destreza pela vida.

    Ao volta para casa, ainda percebo a ignorância nos olhos delas. Tanto trabalho tem ao nascerem, uma mãe se desgastar pelo filho, querer ensinar a ele às lições mais básicas do aprendizado, a enfrentar problemas, estudar, se casar, ter filhos, explorar o mundo é universo limitados, e simplesmente ser outra coisa que já somos há muito tempo. Cópias, não vazias, mas variantes; desenvoltura; diversificadas. Estaremos condenados a corrigir e lidar tanto c problemas sociais, que estaremos quase atingindo um nível utópico, generalizado, o mundo perfeito, sem caos ou desigualdade.

    A verdade, é que tudo é apenas uma progressão de nossos caminhos se repetindo por códigos. Um dia nasce um matemático, outro dia um artista de rua. Todos buscamos os mesmos objetivos e ainda nos vemos obrigados a nos dividir por conta de poucos, e esse pouco são justamente aqueles que se autoproclamam de diplomatas ou burocratas. Há tantos impostos sobre, que o próprio povo se fragmenta, se destrói, resultam ser a ameaça de sua existência.

    Mas se pararmos para pensar em cada problema nosso, não viveríamos.

    Agora, eu só quero, hipocritamente, violar essas leis básicas, estar com a minha família, alimentando meu próprio prazer e descansando. Acho que não cabe somente uma parcela mudar o mundo.

 Acho que não cabe somente uma parcela mudar o mundo

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Sobre o autor

Escrevo desde 2015, mais ou menos quando eu estava na oitava série. Durante uma atividade de interpretação e escrita como continuação ao seu modo. Naquele dia, realizei uma atividade de pelo menos oito folhas (frente e verso), e à partir daquele dia, eu tive a ideia de construir o meu próprio livro, que está engavetado até hoje, ainda que eu esteja planejando uma futura reestruturação dele.

Me apaixonei por ficção científica ainda quando criança, assistindo a icônicas obras como Avatar, Jurassic Park, Saga Divergente, Interestelar, A Origem e etc. Porém, o que despertou a minha vontade literária, foi o cyberpunk, obras como Ghost In The Shell, Blade Runner, Metropolis, Judge Dredd, mangás e animes seinen alimentaram cada vez mais a minha vontade de escrever e ser um autor. Pesquisar por esses universos, fez eu me agarrar numa paixão por criações de mundos ou universos, trabalhando com anti-heróis e mundos debilitados. Tenho um certo apreço pela presença de dificuldades, personalidades desconcertantes e problemáticas, violência, momentos desconcertantes ou linguagem imprópria. Assustador para alguém que começou a escrever um romance medieval, não é?

 Assustador para alguém que começou a escrever um romance medieval, não é?

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