O Bebê Proibido - Adaptation Noart

Capitulo 9

Sina

Assim que o Noah saiu, Sabina entrou, foi como se ela estivesse ouvindo atrás da porta e, conhecendo a minha amiga, suspeitava que ela realmente poderia estar fazendo isso. Ela caminhou para dentro do cômodo, observando nos mínimos detalhes a forma como ele misturava o antigo ao tecnológico.

— Ele tem um belo quarto — comentou ao acomodar-se na cama ao meu lado. — Foi aqui que perdeu a sua virgindade? — Bateu no colchão.

— Saby, isso não vem ao caso agora. — Escondi o rosto, envergonhada.

— Sobre o que vocês estavam conversando? Foi horrível ficar lá fora, morrendo de curiosidade. O Noah falou sobre você estar se transformando para se tornar a esposa imortal dele? Ah! — Suspirou. — Seria tão perfeito e me faz sentir tanta inveja de você.

— Quê? Esposa imortal? Não! Não tem absolutamente nada a ver com isso.

— Então só estavam conversando sobre a sua transformação? Vai ser transformada para ser só uma escrava sexual dele? Bom, dependendo do quanto o Noah for bom de cama, também pode ser interessante, ao menos você terá a imortalidade.

— Para de fazer suposições malucas e me deixa falar, por favor.

Sabina fez um sinal sobre a boca, como se estivesse fechando um zíper e se acomodou sobre o colchão para me ouvir.

— Não estou me transformando...

— Não?! Como não? Eu mesma vi...

— Vai calar a boca?

— Okay... — Respirou fundo e deixou que os ombros caíssem.

— Toda a sede por sangue é porque tem um vampiro dentro de mim.

— Tipo um parasita? Que loucura!

— Para de viajar! Não tem nada de parasita. Eu estou grávida. — Dizer aquilo em voz alta assustou até a mim.

— Grávida? — Sabina ficou boquiaberta e, pela primeira vez, consegui fazer com que ela se calasse, não sabendo mais quais perguntas fazer.

— Ao menos é o que o Noah acha. Acredita que me engravidou quando transamos naquela noite — contei para ela, preferindo omitir o fato de eu ser meio anjo. Acreditava ser uma loucura sem tamanho.

— Nunca ouvi falar de uma humana que engravidou de um vampiro.

— É incomum, bem incomum. — Tipo eu ser a primeira, completei em pensamentos.

— Sina? — Ouvi a voz grossa do Noah e virei a cabeça, encontrando-o de pé na entrada do quarto. — Trouxe o que você me pediu. — Estendeu uma sacola de papel com a logo da Boots.

— Obrigada. — Levantei-me e peguei com ele.

— Ali fica um banheiro. — Apontou para uma porta que estava a sua direita, pouco depois da entrada do quarto.

— Obrigada. — Segui para lá sem dar tempo de Sabina vir atrás de mim. Queria ficar sozinha durante aquele momento tão delicado e confuso.

Fechei a porta rapidamente e usei a tranca, mesmo imaginando que fosse inútil para manter um vampiro do lado de fora.

Acendi a luz e observei que o banheiro que me cercava tinha o mesmo padrão do quarto, o rústico histórico disfarçando a modernidade dos dias atuais. Peguei a caixinha do teste de gravidez, a coloquei sobre a lateral da banheira cromada e abri, pegando de dentro dela o recipiente para fazer xixi.

Sentada no vazo e achando um tanto constrangedor fazer xixi em um potinho, fiquei me perguntando se os vampiros usavam aquela peça do banheiro ou era meramente decorativa.