Cesar 🏇

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Pov S/n

Eu estava sentada no outro lado da barraca onde minha família se reuniu para a chegada de mais um ano. Não estava no meu melhor dia, muitas coisas haviam acontecido durante todo o ano, cujo uma festa não mudaria nada.
Equanto todos a minha volta bebiam e dançavam, fiquei no meu lugar olhando pro nada enquanto mantia meus braços cruzados, durante esse tempo que permaneci alheia a alegria de todos, senti olhares em mim, foi então que levantei minha cabeça e encontrei Cesar me encarando discretamente.

Cesar me viu crescer, ele era um homem a quem eu podia confiar todos os meus segredos, mas o meu pai não gostava muito dele achando que fosse uma má companhia pra mim, o que nunca concordei. Estar perto de Cesar me fazia sentir bem e ele era o homem por quem me apaixonei, mesmo sendo alguns anos mais velho que eu e bem, nunca tinha falado nada sobre meus sentimentos pra ele, porque sabia que não seria correspondida e meu pai iria enlouquecer se soubesse, então deixei por estar.
Fazia algum tempo que não nos falávamos, Cesar passava mais tempo trotando e viajando do que em nossa vila. Por tanto, tenho passado muitos dias sozinha, escondendo minha tristeza e nunca tendo alguém com quem falar para desabafar. Cesar era um bom ouvinte, mais até isso mudou entre nós.
Agora que ele estava de volta, parecia que algo me impedia de ir até ele e vice- versa, nós apenas nos encaravamos sem nada a dizer.
Ele desviou o olhar alguns minutos depois quando meu pai veio em minha direção.

_Você precisa melhorar sua postura, filha... sorria um pouco para as pessoas, hoje é dia de comemoração.

Ele disse em um tom seco me obrigando a agir como ele queria que eu agisse em frente a todos, porém eu não estava afim. Como ele pôde querer se divertir depois de todas as perdas que tivemos esse ano?
Assim que meu pai se afastou, olhei com tédio para onde ele estava indo, depois voltei meu olhar para onde Cesar estaria, mas não o encontrei. Suspirei desanimada, me levantei e saí da barraca tampando meu corpo com o Poncho devido ao frio que fazia lá fora.
Caminhei pensativa enquanto me afastava do barulho e de todas as pessoas. Assim que me dei conta de estar bem longe de olhares e do barulho, me sentei em uma cadeira de pano feita a mão e apertei o Poncho em meus braços por causa do vento frio. Enquanto olhava as estrelas, não percebi que alguém estava próximo, até que este alguém ganhou minha atenção ao se revelar.

_O que faz aí sozinha?

Posso dizer que as batidas do meu coração se tornaram frenéticas em meu peito. Ouvir aquela voz depois de meses esperando por ela, era sem dúvidas músicas para os meus ouvidos.

_Oi.

Foi a única coisa que conseguir dizer à Cesar

_Olá.

Respondeu ele parado à alguns pés de onde eu estava sentada.

_Como foi a viagem?

Cesar sorriu timidamente com minha pergunta

_Foi boa._ele coçou o nariz olhando pro chão depois de volta pra mim _-Eu soube o que aconteceu. Sinto muito pelas perdas, S/n.

_Está tudo bem. obrigado. _sorri sem ânimo

....

_Senti sua falta.

Disse encontrando meus olhos mais uma vez e debochei não acreditando nele.

_Você sentiu minha falta? Conta outra.

_Estou sendo sincero. _ele molhou os lábios numa rápida passada de língua._Não teve um dia se quer que deixei de pensar em você e em nossos momentos juntos.

Meu coração errou uma batida mais eu ainda não queria acreditar no que ele estava dizendo.

_Olha Cesar, sei que não sou nada pra você como você é pra mim. Então, por favor, não me iluda com suas afirmações sobre ter sentido minha falta, porque eu sei que não é verdade.

Imagines:Johnny Depp Where stories live. Discover now