Capítulo 4: Um Ótimo Anfitrião

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   Ugh... Quem deixou essa maldita janela aberta? A luz entra e incomoda meus olhos, mesmo que eles estejam fechados. Certeza que foi minha mãe, ela não perde a oportunidade de me acordar nas partes mais curiosas do meus sonhos.

   Hoje em especial minha cama está tão macia que me recuso a acordar... Parece que estou dormindo em algum tipo de amontoado de penas, ou quem sabe em uma nuvem...?

   Também há o travesseiro que costumo abraçar, ele está satisfatoriamente quentinho hoje. Macio... Meio...

   Meio...

   Carnudo??

Que porra é essa!?

   Abro os olhos com um espanto ao notar que estava abraçando a Wan. Olho ao redor e me lembro de todas as coisas que aconteceram. Alucard nos emprestou um quarto para dormirmos. 

   Juntas. Embora eu goste de dormir sozinha, não parecia uma boa idéia reclamar. E pelo o menos é com Wan, não com algum desconhecido.

   Aproveitando nossa proximidade, foco os olhos no pescoço da minha amiga. Bom, sem marcas de mordidas. Exelente.

   Wan: ... Tá olhando o quê?

   Sua voz me assusta.

   Eu: Ugh, nada... Só conferindo se ele não te mordeu.

   Wan: Una, por favor, você acha que eu não teria acordado se ele tivesse me mordido?

   Eu: Com presas daquele tamanho seria bem estranho não sentir, mesmo.

   Sorrimos simultaneamente antes que eu a solte e me levante.

   Olhando ao redor, reparo o quanto esse quarto é bonito. Não sei se todos os quartos deste castelo são assim, mas eu amei. As paredes tem um tom azul-acinzentado bem claro. Os móveis combinam com a tonalidade da parede embora a cama com dossel tenha seus tecidos em um azul mais escuro.

   Não é minha cor favorita, mas é muito linda...

   Wan: Bom, e o que faremos agora?

   Eu: Sei lá, agradecer e ir embora? _ viro meu rosto na direção da janela mais uma vez _ 

   Dormimos boa parte do dia... Logo vai escurecer.

   Wan: Nesse caso, vamos lá. _ ela por fim se levanta, se espreguiçando _ Tenho a impressão de que vamos demorar pra achá-lo, mas não custa tentar.

   Eu: Pois é. _ dito isso, giro a maçaneta e abro a porta, me deparando com um enorme corredor. 

   Há tantas portas ao decorrer do mesmo que me faz pensar no fato de que eu não me lembro de nada com relação ao caminho até aqui.

   Wan: ... Tá, é o seguinte, nós só fizemos aquilo uma vez mas temos que tentar de novo.

   Eu: Han? Tá falando do feitiço de procura?

   Wan: Sim. Você usa bem magia de vento e se eu te ajudar com a de terra, não vai se sobrecarregar tanto.

   Eu: Tem razão. _ ela não faz cerimônia para se abaixar, ambas as mãos bem firmes no chão. Eu primeiro faço um círculo no ar usando os braços. Em seguida os ergo na direção dos dois caminhos para onde esse corredor leva e fecho os olhos, me concentrando. Acompanho o trajeto que as duas bolas de ar seguem.

Sempre Foi Você. - Leitora X AlucardWhere stories live. Discover now