Capítulo 15: A piora.

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     Wan: O que vocês acham de tentarmos amanhã? Alucard está quase um profissional! Daqui a pouco está tocando minha própria música melhor que eu, haha! _ Wan ri ao comentar e abro um sorriso

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   Wan: O que vocês acham de tentarmos amanhã? Alucard está quase um profissional! Daqui a pouco está tocando minha própria música melhor que eu, haha! _ Wan ri ao comentar e abro um sorriso. Uma hipérbole, claro. Alucard ainda tem que melhorar bastante, mas acho fofo que ela seja tão simpática com ele para não magoá-lo. E pensar que eles quase se matavam uns meses atrás...
  
   Alucard: Acho uma esplêndida idéia. _ o sorriso do loiro fica maior ao servir uma taça de vinho branco para si depois de ter nos servido.
  
   Já está de noite, é hora do jantar e, acredita? Pela primeira vez, passamos tanto tempo na sala de música que nos esquecemos de treinar hoje. Uma pena. Sinto saudade do peso de Nascer da Lua em minhas mãos.
  
   Sim, eu amo aquela espada.
  
   Alucard: A propósito, Una. _ Alucard diz depois de um gole _ Por quê você não tenta tocar também amanhã?
  
   Eu: O quê? O piano?
  
   Wan: Eu gostaria disso também! Ah, mas melhor que isso, sabe o que seria?
  
   Balançamos a cabeça em negação.
  
   Wan: Um dueto! Nós três! Eu fico com os graves, Alucard com os agudos, e Una toca o violino! O certo seria ter um violoncelo no meio, também, mas...
  
   Ela olha para baixo, fixando os olhos no prato, e se cala.
  
   Oh... Eu conheço esse olhar.
  
   Eu:  Wan... _ ponho minha destra em cima da sua _ Está com saudade de seus irmãos...
  
   Wan: ... É, estou... Sang-Xei e Kie-Xei são os melhores violoncelistas que eu conheço... Com todos nós juntos, ficaria perfeito. Lembra? Como nos velhos tempos...
  
   Está silencioso novamente, não sei o que dizer agora... Espero que ela não comece a chorar, se não também não vou saber o que fazer além de chorar também.
  
   Alucard está olhando para nós com uma tristeza bem visível, ele quer dizer algo, por isso, também seguro sua mão, para que tenha coragem de falar também.
  
   Seus olhos dourados penetram os meus com hesitação.
  
   Alucard: Vocês sabem que eu não estou prendendo-as aqui, não sabem?
  
   A cacheada levanta os olhos em sua direção. Ele prossegue:
  
   Alucard: Vocês podem ir para casa quando quiserem. Eu nunca disse que não podiam. Poderia até arranjar cavalos para vocês.
  
   Ela esboça um pequeno sorriso.
  
    Wan: Por quê não ir montadas em você como um lobo? Seria bem divertido.
  
   Alucard não resiste soltar uma risada e isso me faz pensar que ele frequentemente ri das coisas bobas que ela diz. Eles devem ter um senso de humor coerente.
  
   Alucard: Está bem, está bem. Quem sabe, um dia?
  
   Wan: Eu vou cobrar isso, hein!?
  
   Alucard: Hahaha! Que seja. ~
  
   E então, voltamos a jantar.
  
   Admito, eu realmente sinto muita falta de casa e assim que puder, vou voltar pra lá. Inclusive, já falei sobre isso com Wan. Alucard não sabe, mas planejamos levá-lo conosco para fazer uma visita. Sabemos que ele vai adorar, afinal, nossa cidade é a melhor de todas.
  
   Eu: Então Lu, e sobre as notas agudas? Você já se acostumou? Estava tendo problemas para acertar o timing do "mi", não é?
  
   Alucard: Você reparou? Sim, eu estava. Mas eu já-
  
   Wan: Uh... UUHH...
  
   O som me faz olhar para a direita, onde Wan está. Seus cotovelos estão apoiados em cima da mesa e sua cabeça está escondida em suas mãos.
  
   Ah, não... De novo não...!
  
   Me levanto na mesma hora com o susto e minha cadeira cai para trás, fazendo um barulho terrível.
  
   Wan: AAAAAAHHHH!!
  
   Eu: A-alucard...! _ minha voz mal sai quando digo seu nome, mas ele entende o recado e delicadamente a pega seus braços e eu saio correndo na frente. Vou abrir as cortinas, o vento da noite deve ajudar.
  
   De novo não, de novo não...!
  
   Por quê isso está acontecendo? O quê nós fizemos de errado? Nós nem treinamos hoje...! Foi um dia tão bom, um dia tão calmo...!
  
   Só...
  
   Por quê...!?
  
   Ao chegar no quarto, deixo a porta bem aberta e abro as janelas e cortinas o mais rápido que posso, dando espaço para que eles entrem. E ele entra mais rápido do que o que eu esperava.
  
   Wan está respirando fundo, de novo e de novo. Quieta, mas visivelmente desconfortável. O que fazer...? Pensa, Una, pensa...! Você já passou por isso antes...!
  
   Se lembra, mulher! O que você fez na outra vez? O chá... Eu sei fazer agora. Mas só isso não vai bastar. Droga, ela está começando a suar... Talvez se eu tirar o seu... Não, não com ele aqui.
  
   Ele.
  
   É isso!
  
   Pego a sua mão e o puxo para fora do quarto. Por um momento, ele finca seu pés no chão, se recusando a ir, e me olha estupefato. Não, babaca, eu não vou largar ela aí. Só vem comigo logo.
  
   Como se tivesse me ouvido, ele me acompanha.
  
   Alucard: Eu conheço esse olhar. No que você está pensando?
  
   Eu: A feiticeira.
  
   Alucard: O quê?
  
   Eu: A feiticeira que seu pai conhecia e confiava, vá atrás dela.
  
   Alucard: Una, eu não posso deixar vocês duas aqui-!
  
   Eu: VOCÊ DISSE...! _ me interrompo ao notar que ia gritar. Uma péssima idéia _ ... Você disse que iria vê-la em casos extremos. Estamos passando por isso agora.
  
    Alucard: Como você quer que eu deixe você aqui sozinha com ela? Você nem sabe o que fazer.
  
   Eu: Você sabe?
  
   Alucard: Não, mas ainda assim eu-
  
   Eu: Está saindo sangue da orelha dela...!
  
   Ele fica em silêncio. Acho que ele ainda não havia notado, pois ergue a cabeça para olhar para dentro do quarto. O pânico em seu rosto é visível.
  
   Eu: Por favor... Vou cuidar dela até você voltar. Eu prometo.
  
   Ele me olha em silêncio por tempo mais que o suficiente para tomar uma decisão. Mas finalmente, sinto seus lábios nos meus após suas mãos segurarem o meu rosto para levá-lo até ele. Ele permanece olhando em meus olhos ao sussurrar.
  
   Alucard: Eu te amo. Por favor, cuide dela até eu voltar.
  
   Seguro sua mão na minha.
  
   Eu: Eu também te amo, e suplico... Não demore.
  
   Com um sorriso de canto que claramente diz que ele vai sim demorar, se afasta de mim. Sei que ele foi pegar seu casaco preto e dourado e sua espada para sair. Ele nunca sai sem eles.
  
   Mas mesmo assim, eu imploro, Alucard...
  
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Sempre Foi Você. - Leitora X AlucardWhere stories live. Discover now