Química Bandida

04

Andressa 🍭

Terminei de arrumar a cozinha enquanto ouvia o Orelha fofocar de tudo que possível pra minha avó, sai dali indo na sala pegando meu celular e a Luana conversava com o Goiaba.

Luana: O que a vó falou pro Coronel, ein? Eu sei que você sabe.- Falou curiosa.

Andressa: Eu? Como vou saber? - Dei os ombros.

Luana: Se você não me falar eu vou vomitar em você.- Falou passando a mão na testa.

Andressa: Deixa de ser sebosa, Luana.- Falei rindo e corri até a escada. Subi indo pro meu quarto e fui tomar um banho, quando estava me vestindo alguém bateu na porta do quarto.- Pode entrar.

Coronel: Tua coroa me mandou ir contigo no mercado, coroa botou maior banca cara, que isso! - Falou indignado e eu sorri ajeitando a blusa.

Andressa: Foi mal, mas aqui dentro vocês não têm nem um por cento da marra de bandido, aqui dentro a moral é completamente dela.

Coronel: Sem caô, velhinha deveria entrar pro corre! - Peguei minha bolsa.

Andressa: Você não precisa vim, o mercado é na esquina e eu consigo trazer fácil.

Coronel: Tá maluca? Capaz da dona Fernanda me expulsar dessa casa.

Sorri ao olhar pra ele e fui passar, Coronel que ocupava toda passagem da porta, levantei a cabeça pra olhar e nossos olhos se encontraram, ele me olhava com sua cara fechada que possuía toda sua marra junto. Virei o rosto tentando passar por ele e sentir seu corpo encostando no meu, ele se virou ficando por trás de mim e saímos daquele curto espaço.

Aproveitei que estava em sua frente e abri um sorriso na qual ele não podia ver, desci as escadas vendo a Luana vomitando e o Goiaba rindo, enquanto o Orelha virou a cara pra não ver. Minha vó saiu da cozinha com um xícara em mãos e o cheiro do chá exalou por aí.

Andressa: Ainda bem que não foi em mim.- Comentei e a Luana parou de vomitar me olhando.

Luana: Tô vomitando agora porque sua voz me deixou enjoada, isso é culpa sua.- Reclamou pegando o chá da mão da vó.

Fernanda: Vai embora logo antes que eu faça você limpar. E não esquece de trazer nada.- Concordei abrindo a porta.

Orelha: Eu vou também.- Falou dando um pulo do sofá e eu parei pra esperar ele.

Nanda: É pouca coisa, eles conseguem trazer. Você vai me ajudar a fazer a janta.- Orelha abriu maior olhão me olhando pedindo socorro e eu sorri saindo, sendo seguida pelo Coronel.

Andressa: Por quanto tempo vocês pretendem ficar? - Falei fechando o portão e começamos a caminhar lado a lado.

Coronel: Já tá expulsando? Tá foda mermo.- Falou negando com a cabeça.

Andressa: Não cara, mas vocês nunca ficam por muito tempo longe de casa.

Coronel: Gravidinha precisa dos mano, ela não pode ficar lá por causa do Fábio e aqui ela tá segura, tá felizona com a tia. A gente só vai ficar uma semana, o Gaspar vem pra ficar o resto do mês e depois a gente vai revisando, mas todo mês vai ter um menorzinho ai pra tá de olho.

Andressa: Entendi. Acho bonito o carinho e cuidado que vocês têm com ela, a Luana nunca teve muito isso em casa, então se tornou bem importante pra ela...

Coronel: Precisa ficar com ciúmes não, tá ligada? - Falou em tom de brincadeira e eu gargalhei, chegando no mercado.- Tu faz parte da firma também, maior ladra com o dinheiro dos manos você é!

Eu olhei pra ele rindo e ele piscou, o cara era muito gostoso e não havia nada pior do que homem que é gostoso e sabe disso. Neguei com a cabeça indo atrás das coisas e ele ficou me seguindo e carregando a cesta.