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Ester

Meu olhar discretamente desviou para o Jorge que tirava a blusa, enquanto conversava com o Pedro e Miguel, deslizei meu olhar pela sua barriga, parando na marca da sua bermuda e encarando aquilo, fiquei longos seguidos olhando aquilo ali alguém tossir do meu lado.

Coronel: Eu não vou te falar nada, eu vou nem abrir o bico pra tu. Não vou render papo contigo.- Falou rápido apontando pra mim e eu encarei ele dos pés a cabeça, com deboche. 

Ester: Quer me falar alguma coisa? - Perguntei calmamente e a Bruna gargalhou, olhei pra minha irmã que tava deitada no colo do Lucas e encarei meu pai, novamente.

Coronel: Tá te faltando lugar pra sentar, Bruna? - Falou sério.

Andressa: Aí cara, tu ainda vai morrer de ligar pro que essas garotas andam fazendo.- Falou de boca cheia.

Ester: Ih mana, tá te falando roupa mesmo né? - Olhei pra ela que tava com um short curtíssimo e meu pai fez o mesmo.

Coronel: Aí ó, escuta o que a garota tá dizendo! - Apontou.

Bruna: Vocês são dois chatos, quem aguenta? - Falou brincando com meu cabelo.

Coronel: Quem aguenta quando eu te arrastar pelos cabelos pra longe desse pilantra aí.- Olhei pro Lucas que tava viajando enquanto olhava pro Felipe brincando de boca.

Ester: O cérebro desse aí é atrasado demais pra alguém se preocupar.- Gastei batendo na cabeça dele.

Meu pai sentou do meu lado e eu arqueei a sobrancelha, virei o rosto e olhei pra cima da mesa, voltando a triturar minha maconha concentrada.

Coronel: Tu pegou aquela essência de maracujá, não foi? - Falou e eu confirmei.

Ester: Tava de bobeira e tinha bem pouco, não vem.- Reclamei.

Voltei a bolar meu cigarro e quando terminei mostrei pro meu pai que tava lindo, ele balançou a cabeça confirmando e eu acendi, puxando. Entreguei pra Bruna no escondido e quando meu pai viu, ele me encarou sério.

Coronel: Vocês duas tão numa luta do caralho pra me deixar perdido da cabeça, tá insano o bagulho! - Falou negando.

Lucas: Aí tio, tu tava falando o que de mim mermo? - Interrompeu.

Coronel: Que teu pai é um safado.- Negou com a cabeça.

Bruna colocou na boca do Lucas e ele puxou, me entregando e eu voltei a fumar, meu pai reclamou, bateu cabeça pra caralho, julgou que o cigarro tava rodando, mas no final fumou com a gente.

Eu tava bem tranquila quando me levantei pra ir no banheiro, fui, e quando tava voltando o Jorge tava falando com a Sofia que tinha acabado de chegar, parei do lado dele ficando de frente pra ela e ela deu um sorriso fraco, me abraçando.

Ester: Faz quantos dias que você não toma banho? - Falei olhando pro Jorge, antes de sair dali.

Jorge: Quer saber mermo? - Falou me encarando dos pés a cabeça e eu pisquei, dando uma risada.

Voltei a caminhar pra o meu lugar e virei pra olhar pra ele, meus cabelos voaram batendo no meu rosto e ele me encarava. Quando ia me virar senti que ele começou a correr e me pegou no colo, dei maior grito chamando pelo nome dele e ele deu um risada.

Suas mãos pegaram na minha cintura me puxando pra trás e me tirando os pés do chão, Jorge pulou na piscina junto com comigo, ainda segurando minha cintura. A gente afundou e quando eu subi pra superfície, suas mãos ainda estavam paradas na minha cintura, e eu estava na frente dele.

Encarei ele tirando a água do rosto e ele deu um sorriso de lado, encarei sua boca por prendi um sorriso, revirando os olhos e passando a mão pelo seu peito, enquanto empurrava ele pra longe.

Me sentei na borda vendo que todo mundo tava olhando discretamente e revirei os olhos, voltando a minha postura de quietinha, sai da piscina tirando a saída de banho e olhei pro pai, ele comentava algo com o Gaspar e ambos me olharam, me sentei novamente no meu lugar e encarei o Jorge que me encarava de longe dentro da piscina...

Bruna

Acho que a melhor amizade da minha vida era com o Lucas, a gente se batia muito bem e parecia bagulho de outro mundo. O nosso carinho mútuo pelo outro ela a coisa mais confortável do mundo, e todo mundo falava sobre isso.

Eu não via ele como alguém amorosamente, e ele também não me via assim. Até porque ele era meio maluco da cabeça e só gostava de pegar mulher mais velha, pique asilo do Luquinhas.

Eu era acho que a mas tranquila entre meus pais e minha irmã, eles tinham todo esse negócio de marra, postura, e eu era mais legal pra vida, vivia de sorrisos, alegria e tudo de bom.

Meu único problema era arrumar briga, com todo mundo. Eu era realmente muito simpática e amorosa, mas se qualquer pessoa me olhasse torto ou feio, eu iria arrumar maior barraco e confusão, porque odiava isso.

Eu gostava de ser bem recebida em qualquer lugar, até porque recebo todos bem, então era o mínimo. Já havia arrumado briga com geral, até mesmo com a Sofia e até hoje a gente tem uma intriga de leve, com o Miguel também, mas acredito que a nossa implicância seja mais outra coisa, do que um ódio real...

Mas eu era feliz assim, com toda minha família, com o amor dos meus pais, e até mesmo com todo surto do meu pai, na cabeça dele eu queria beijar qualquer moleque que se aproximasse de mim, quando na realidade a coisa que eu mais tinha por aí, era amizade com homem sem interesse nenhum.

Até porque eu sou igual o Luquinhas, meu maior interesse são os mais velhos. E aí, já da pra perceber a confusão que meu pai faz, diferente da minha mãe que só sabe achar engraçado e me julgar, e a Ester não tem muita opinião, porque só vive chapada ou no mundinho dela, e tá tudo bem, né?!

Química Bandida Onde histórias criam vida. Descubra agora