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Andressa 🍭

Andressa: Amor, você pode pegar o energético pra mim? - Pedi educadamente e carinhosamente, vendo ele pegar o energético que estava mais ao alcance dele.

Coronel: Resolveu falar? - Perguntou irônico.

Andressa: Não sabia que fez diferença, você nem falou comigo ao passar por mim. Eu achei que era um "não." para locais públicos.- Falei colocando o energético no copo junto com o whisky.

Coronel: Desde quando eu tenho isso?

Andressa Quando uma vez uma menina que você ficou foi falar com você na frente de geral e você deu as costas fingindo que não conhecia.- Goiaba soltou uma risada e eu percebi que ele prestava atenção na conversa.

Goiaba: Eu lembro, mina com maior cara de otaria.- Eu concordei rindo.

Coronel: Bagulho diferente, já te expliquei.- Falou negando.

Andressa: Que horas vai servir comida? - Perguntei indignada, olhando pro Orelha.

Orelha: Bora lá pegar.- Apontou com a cabeça.- Tô mortão de fome também.

Olhei pro Coronel que tava olhando pro relógio dele e me levantei seguindo o Orelha, a Carina tava em pé conversando com umas amigas e me olhou, mas eu entrei na cozinha e ele me entregou um pratinho, coloquei a comida bem bonita e me encostei esperando ele pegar a dele pra não voltar sozinha.

Orelha: E aí em Andressinha, tá maior gatinha hoje.- Encarei ele feio.

Andressa: Para ser assim moleque, tu é casado, tá no mermo teto que tua mulher! - Reclamei.

Orelha: Se tu quiser subir comigo a gente vai tá em teto diferente, ela embaixo e eu em cima.- Falou em tom de brincadeira e eu não ia me dar ao luxo de responder ele.

Carina: Na minha casa? - Olhei pro lado vendo ela encarando nós dois.- Sério?

Andressa: Ih, vou meter o pé porque eu não tenho nada a ver com isso.- Fui tentar passar por ela mas ela me empurrou.

Carina: Dando moral pro meu marido na minha casa e não tem nada a ver com isso? - Eu gargalhei bem gostoso, porque era surreal ouvir aquilo.- Todos estão realmente certos quando te chama de vagabunda.

Gaspar: Como é, Carina? - Escutei a voz dele e vi ele entrando na casa.

Carina: Vai defender ela agora? Não é surpresa pra ninguém.- Olhei pro Orelha que tava calado.

Andressa: Fala cara, fala o que tu tava fazendo! - Gritei com ódio.- Você é um porco, não é homem pra admitir nem que é um filho da puta traidor.

Orelha: Eu? - Respondeu apenas isso e eu respirei fundo.

Carina: Quero você fora da minha casa.- Apontou e eu olhei pro Coronel que tava vindo na nossa direção, a essas horas o som já havia sido desligado e todos escutavam.

Gaspar: Tu vai pedir desculpa a ela, agora.- Apontou pra Carina que olhou pra ele sem entender.

Carina: Não começa.- Riu debochada negando.

Andressa: Eu não tenho culpa se você decide fechar os olhos pra não ver que teu marido come mulher a cada esquina.- Olhei pro Orelha.- E você deveria ter um pingo de vergonha na cara e começar a ser sincero.

Fui passar por todo mundo que estava ali e senti uma mão no meu braço e levantei a cabeça olhando pro Coronel, que negou calmamente.

Coronel: Para de caô, abre o bico! - Apontou pro Orelha, me colocando na frente dele.

Orelha: Eu não fiz nada.- Escutei a risada do Goiaba, ele era tão sonsa que realmente me dava vontade de rir só de olhar pra ele.

Coronel: Bora, Orelha. O que tu tava falando pra Andressa, fala antes que eu pegue ódio cara! - Segurou minha cintura me trazendo mais pra perto e me impedindo de sair dali.

Orelha: Ué, tava falando que minha amiga tá uma linda hoje.- Tive ser muito forte pra não rir, porque era tudo que eu queria, que ódio!

Coronel: Tu vai falar ou vai enrolar? - Orelha bufou.

Orelha: Tava chamando a Andressa pra transar comigo nesse caralho, garota nem aceitou.- Falou bolado batendo o pé e apontando pra Carina.

Não existia homem mais sujo que o Orelha no mundo, sinceramente!

Gaspar: Agora pede desculpas.- Bateu no braço da Carina e ela me olhou, calada.- Se tu não quiser por bem te faço ajoelhar ali na frente de todo mundo.

Carina: Desculpa.- Falou me olhando.

Coronel: Agora mete o pé.- Ela olhou pra ele indignada.

Carina: Eu não vou sair da minha própria casa.- Negou.

Coronel: A festa é do meu mano e eu tô mandando, não só você como geral que tá aí fora.- Falou alto.

Orelha: Papo irmão, geral pode meter o pé mas a Carina fica.- Tentou puxar ela pra perto dele.

Carina: Cheguei ao meu limite, cansei.- Falou passando por todo mundo e sendo a primeira a abrir o portão.

Orelha passou por nós mandando geral meter o pé também e eu deitei a cabeça no peito do Coronel, vendo o Gaspar negando com a cabeça.

Andressa: Obrigada.- Falei pra ele que piscou, indo em direção da Luana que tava na mesa rindo com o Goiaba. Virei de frente pro Coronel que me olhou.

Segurei seu rosto indo na intenção de beijar ele, mas ele que virou o rosto me fazendo beijar apenas sua bochecha e me fez afastar para encarar ele.

Coronel: Aprendi contigo.- Falou deslizando a mão pelas minhas costas e me soltando.

Encarei ele saindo como quem não quer nada, fiquei encarando ele com as mãos na cintura e ele olhou pra trás com cara de riso me fazendo sorrir. Revirei os olhos e fui pegar meu pratinho de comida, finamente comendo em paz.

Química Bandida Donde viven las historias. Descúbrelo ahora