"Quando os olhos sagrados te mostram a dor
Deixe-se virar
Truque desprende sua paixão
O ponto de apoio em ruínas. Os dois não podem voltar
Não solte a mão que você estendeu uma vez"
(Paradise Lost - Minori Chihara)
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Lá em cima, independente do que você ache que tenha lá, além do céu e além das estrelas. Um local que todos os habitantes da Terra, sejam eles plantas, animais ou seres humanos,não fazem ideia que existe. É o que chamamos de um outro universo, por este motivo ele não é visível aos olhos comuns.
Ele tem o seu próprio chão, o próprio céu, as suas próprias criaturas e habitantes. Talvez seja um lugar parecido com o nosso, talvez nem tanto. Mas, eles sabem que nós estamos aqui e de vez em quando veem o que estamos fazendo.
Aliás, as nossas energias e pensamentos chegam até eles em algumas destas vezes.
Porém, a nossa história se focará na Deusa deste lugar e em seu santuário e o dia em que a escuridão o invadiu.
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A Deusa Album passava seus dias, e que sempre era dia, pois neste mundo não havia noite, cuidando de seus súditos, atendendo a quaisquer problemas e pedidos que tivessem. Ela tinha contatos diretos com eles. Era uma das coisas diferentes deste universo ao se comparar com o nosso.
Outra coisa muito presente em sua rotina era visitar o seu jardim e observar o céu, passear na sala de espelhos e supervisionar para ver se tudo estava funcionando corretamente. Também parar na sala de observação dos outros universos e ficar olhando os outros planetas e os seus moradores, especialmente a Terra, que ficava ali perto.
E claro, se isolar no seu salão espiritual e concentrar seus poderes e espalhá-los por todos os seus domínios. Era desta forma que a contagem de dias, como a nossa, era realizada. Então, o processo era realizado uma vez a cada 24 horas, contabilizando um dia completo.
Pode parecer um pouco estranho falar que era sempre dia, porém já estavam acostumados aos dias sempre claros e limpos, com poucas nuvens. A responsável por manter todas estas coisas, inclusive o clima funcionando, era a Deusa, canalizando a sua energia de luz e a propagando por todo o lugar.
Naquela sala especial havia um lustre, repleto de cristais, cujos refletiam os raios de luz que a Deusa emitia e logo após saíam pelas aberturas da sala e levavam aqueles feixes de luz aos seus destinos.
Tudo era muito tranquilo e pacífico. Sempre dia, sempre claro, sempre limpo. Os habitantes eram tão acostumados à claridade, que usavam roupas sempre com cores vivas, sendo as predominantes o branco, o dourado e o prata.
Já a deusa sempre usava belíssimos vestidos, sempre brancos. Esta era a sua cor, assim os raios de luz que saiam de suas mãos.
***
Um dia, a Deusa estava andando na sala de espelhos, pois ela aproveitou para ver com mais detalhes como ficara o seu novo vestido. Ao olhar mais atentamente para o seu rosto, ela tomou um susto, pois uma sombra apareceu atrás dela. Ela se virou para ver melhor o que era, mas já havia sumido.
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12 Meses com Minorin
Short Story12 contos inspirados em músicas da seiyuu e cantora japonesa Chihara Minori. Uma homenagem a uma artista que me inspira muito!