🌷06🌷

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🌷Valentina Garcia🌷

Levanto-me da minha cadeira, espreguiçando o meu corpo. Desde que cheguei estou sentada, resolvendo as coisas para o lançamento do nosso trailer de comida no centro.

Com o dinheiro que consegui recuperar, coloquei o salário de todos em dia e usei para dar seguimento aos meus planos. Peguei uma quantia do valor que seria do salário dos Elisaldes para me ajudar a seguir os meus planos. Obviamente eles ficaram putos, mas entrou por um ouvido e saiu pelo outro.

Se tem uma coisa que eu aprendi bem é não permitir que alguém tire a minha paz, ninguém vale tal coisa. O que eu fiz foi meter um belo de um dedo do meio para eles e sair da sala de reunião com um belo sorriso, sem nem deixar eles terminarem com as ladainhas. Se eu fosse falar algo não iria adiantar, então saí antes que continuassem a pesar minha mente.

Pego o meu celular e solto um suspiro pesado, uma da tarde ainda. Hoje será a nossa noite se jogos, Leo vai ir com a Ale e vamos passar a madrugada jogando, amamos esses momentos únicos. Eu estou super ansiosa, vai ser bom para desestressar. Mas a hora não é ao meu favor, está demorando séculos para passar.

Já almocei e resolvi toda a papelada necessária, estou no tédio agora. Estou tão ansiosa para que chegue a hora que acho difícil me concentrar em algo, por isso pego o meu celular e decido andar um pouco pela empresa, quem sabe o tempo passe mais rápido.

-Olá, boa tarde.___ desejo chegando na recepção.

Flor apenas me olha e ignora, voltando a atenção para o seu computador.

-Esqueci que vocês são sem educação nenhuma.___ Reviro os olhos impacientes.

Ninguém nessa empresa me dá uma chance, nem uma simples oportunidade de demonstrar que mudei. Todos me ignoram sempre que podem e fazem questão de demonstrar o quanto me querem fora. O único que se destaca é Eduardo, ele é quem me trata melhor nesse lugar.

Parece que é só falar nele, pois foi questão de segundos depôs que o elevador se abriu e ele passou pelo mesmo segurando o seu pequeno anjo nas mãos. Já vi Carlos algumas vezes, sempre muito rápido, aos poucos ele vem se abrindo mais comigo.

Coloco um sorriso e me preparo para caminhar até eles, mas vejo quando Flor parece ligar para Fernanda e a mesma sai de sua sala revoltada. Meu coração se partiu ao vê que o pequeno se esconde nas pernas do pai, com medo da própria mãe.

-Tira esse bastardo daqui, não sei nem porque você trouxe ele.___ Fala revoltada, trazendo raiva ao meu coração.

-Ele é o nosso filho...

-Seu filho.___ corta Eduardo.____ Que você vai tirar da empresa da minha família, ele não é bem vindo aqui.

Vejo quando ele aperta as pernas do pai, apertando o meu coração por dentro.

-Pequeno príncipe, que bom te ver.___ me aproximo deles, abaixando na direção direção pequeno.___ A minha sala tem uma vista muito bonita, por que você não vai indo lá ver e eu já vô atrás?

Ele me olha com os olhinhos cheios de lágrimas, parece pedir permissão ao pai e quando o mesmo concede ele vai correndo a minha sala.

-Minha empresa Fernanda, aqui você é só uma das minhas empregadas que pode ser demitida a qualquer segundo.___ falo com a voz seca, encarando ela com uma cara nada boa.___ Ponha-Se no seu lugar e para de ficar mandando, aqui a sua voz não vale de nada.

-Como se atreve?___ Pergunta.___ Essa empresa é da minha família.

-Essa empresa era da sua família.___ A corrijo.___ Hoje em dia vocês não possui nem metade da empresa, eu sou a sócia majoritária, tornando-me a dona.

Depois do amanhãOnde as histórias ganham vida. Descobre agora