Capítulo 28 - Parte 2

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Kakashi



Ano Novo, enquanto os fogos explodiam colorindo o céu, minha arma disparava pintando um quadro diferente diante dos meus olhos. Ele, o homem que tirou tudo da minha vida, ele agora jazia morto em uma cadeira cara do escritório de sua mansão, deveria me sentir mau uma vez que esse filho da puta era meu pai.


— Essa foi por você mãe. — Falei enquanto depositava flores em seu túmulo.


Isso nem sempre foi assim, eu nem sempre fui assim, ao menos não enquanto ela estava viva, cuidando de mim e me mantendo do lado certo da vida, lembro de seu último dia de vida Ayame Hatake...



Flashback On


Eu somava meus dezesseis anos, meu pai Tobirama Senju foi um namorado que minha mãe teve quando estava no final da faculdade de Pedagogia, ela era professora de História.


Tinha longos cabelos em um tom de castanho tão claros que era quase um loiro, seus grandes olhos avelã compunham um rosto de feições miúdas e doces, era uma mulher muito gentil embora muito rigorosa com minha educação.


Naquela tarde lembro que como sempre acontecia quando meu pai vinha nos ver, estava consertando o carro enquanto ouvia música, era isso ou ouvir os gemidos disfarçados dos dois vindo do quarto dela. Eu não me importava de verdade, ficava feliz que meus pais embora vivendo separados se amassem.


Mas naquela tarde tudo foi diferente, nem meu rádio abafou os gritos de mamãe, ela estava furiosa.


— Eu já disse Tobirama, NUNCA, entendeu? NUNCA! Meu filho jamais! — Eu não sabia sobre o que eles falavam mas devia ser algo grave para vê-la tão alterada.


— Esqueceu que ele é MEU filho também Ayame. Vou levá-lo no sábado, e essa discussão acaba aqui. — Ele respondeu tão nervoso quanto ela e saiu batendo a porta.



— Kakashi, sábado pela manhã virei te buscar e passaremos o fim de semana fora. — Falou.



Como sempre ele não perguntou se eu queria ir ou não, apenas deu a ordem, balancei a cabeça confirmando.



— Aqui, isso é para você. Para qualquer coisa que precise. — Falou me estendendo o maço de dinheiro.


Meu pai era podre de rico, ele fazia parte da Yakuza e ganhava uma boa grana com suas boates, ele tinha acho que cinco ou seis espalhadas por Tóquio, todas em sociedade com meu tio Hashirama.



Entrei em casa e minha mãe estava sentada no sofá olhando para o nada, seu olhar triste com lágrimas que escorriam silenciosamente pelo rosto.

YakuzaWhere stories live. Discover now