𝑺𝑬𝑿 𝑬𝑵𝑫 𝑫𝑹𝑼𝑮𝑺 ✶ #35

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✧*:.。.( CAPÍTULO TRINTA E CINCO ).。.:*✧

respostas

.。.:*

caminhava atrás de ran e rindou, eles estavam muito apreensivos, dava pra se perceber pelo andar de cada um. o sol terminava de se pôr dando uma majestosa paisagem, tons roxeado e rosa se despedindo do dia longo, a maré baixa, areia seca entrando nos meus dedos dos pés, estava segurando o chinelo nas mãos para andar melhor.

eles andavam bem a frente de mim, digamos que uns cinco, seis passos na frente.

a camisa aberta de ran voava com o vento, rindou havia tirado a camisa e colocado no ombro, me dando a oportunidade de ver as costas marcadas e definidas. me perguntei se ele malhava.

chegamos a um lugar mais afastado com poucas pessoas, casais sentados vendo o por do sol, alguns passeando de mãos dadas e bem, eu e os dois bonitos que não diz logo oque querem.

eles pararam numa cadeira de praia, nos sentamos.

—— então? oque queriam dizer? — perguntei já quase explodindo de curiosidade.

rindou olhou para ran, como se pedisse uma confirmação do irmão para prosseguir. ran acenou e ele olhou pra mim e suspirou.

—— olha, pode parecer uma loucura isso mas, desde que passamos a conviver um com o outro, pegamos intimidade e fizemos amizades. — começou, ele estava nervoso. —— eu e ran conversamos no hospital antes de darem alta pra ele, chegamos em um momento que cabe a você aceitar ou não.

olhei para ele confusa, oque era de tanta urgência para ele e ran ter uma conversa.

—— você sabe que não sou do tipo de demonstrar sentimentos ou algo do tipo, mas, nesses meses juntos percebi que sentia algo amais por você [nome], não só eu, como meu irmão também.

prestava atenção em cada palavra que rindou dizia, eu suspeitava que um deles gostava de mim, mas não os dois.

ran estava nervoso, batia os dedos na coxa ancioso.

—— conversamos durante o hospital, em casa e bem, aqui também — continuou rindou. —— pode parecer estranho mas nos dois queremos algo sério com você. desde que vimos você aquele dia pela primeira vez. — ele apertou a palma da mão para aliviar o nervosismo. —— ran e eu, conhecemos você desde criança, desde que era presa no porão.

como? como ele sabia que eu era mantida lá?

meus olhos se arregalaram, nunca contei a eles sobre isso, ran me olhou e um aperto em meu coração.

—— você nunca viu nossos rostos. — disse ran. —— lembra das duas crianças, que levava comida pra você?

—— era vocês? — perguntei com os olhos marejados.

—— sim..

eu não entendia, porque eles ficaram naquela casa. eles me viam quase todos os dias e eu nunca vi seus rostos.

agora tudo faz sentido, quando diana disse uma vez para mim: confie neles, sempre confie neles.

mas não sabia quem era eles, até hoje.

𝐒𝐄𝐗 𝐀𝐍𝐃 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒, 𝐡𝐚𝐢𝐭𝐚𝐧𝐢 𝐛𝐫𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫'𝐬Where stories live. Discover now